Num dos piores ataques desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953, dois soldados da Coreia do Sul morreram hoje em bombardeio da Coreia do do Norte à ilha de Yeonpyeong, disputada pelos dois países. Os residentes da ilha fugiram (2160). Outras 20 pessoas saíram feridas.
A Coreia do Sul respondeu com 80 foguetes. O presidente Lee Myung Bak considerou o ataque “intolerável” e autorizou os militares a responder a “novas provocações”. A Força Aérea Sul-coreana entrou em estado de alerta. O Norte acusou o Sul de provocar o incidente ao “disparar dezenas de rajadas contra nossas águas territoriais”.
O ataque acontece quando as Forças Armadas da Coreia do Sul iniciam uma manobra militar realizada anualmente. Cerca de 70 mil soldados participam da operação Salvaguardando a Nação.
No Norte, o ditador Kim Jong Il tenta impor o filho Kim Jong Un, de 28 anos, como successor, o que estaria provocando uma luta interna pelo poder que explicaria o ataque.
Em 26 de março, a Coreia do Norte afundou um navio de guerra sul-coreano, matando dezenas de marinheiros. Na semana passada, revelou ter construído uma nova instalação nuclear, com capacidade para enriquecer urânio.
Os EUA condenam a agressão e a China pede contenção aos dois lados. Durante visita a Pequim, o enviado especial dos EUA Stephen Bosworth considerou o conflito “muito indesejável”.
O Conselho de Segurança da ONU deve discutir o incidente em reunião de emergência.
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