terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ataque esquenta guerra fria entre Coreias

Num dos piores ataques desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953, dois soldados da Coreia do Sul morreram hoje em bombardeio da Coreia do do Norte à ilha de Yeonpyeong, disputada pelos dois países. Os residentes da ilha fugiram (2160). Outras 20 pessoas saíram feridas. 

A Coreia do Sul respondeu com 80 foguetes. O presidente Lee Myung Bak considerou o ataque “intolerável” e autorizou os militares a responder a “novas provocações”. A Força Aérea Sul-coreana entrou em estado de alerta. O Norte acusou o Sul de provocar o incidente ao “disparar dezenas de rajadas contra nossas águas territoriais”.

O ataque acontece quando as Forças Armadas da Coreia do Sul iniciam uma manobra militar realizada anualmente. Cerca de 70 mil soldados participam da operação Salvaguardando a Nação.

No Norte, o ditador Kim Jong Il tenta impor o filho Kim Jong Un, de 28 anos, como successor, o que estaria provocando uma luta interna pelo poder que explicaria o ataque.

Em 26 de março, a Coreia do Norte afundou um navio de guerra sul-coreano, matando dezenas de marinheiros. Na semana passada, revelou ter construído uma nova instalação nuclear, com capacidade para enriquecer urânio.

Os EUA condenam a agressão e a China pede contenção aos dois lados. Durante visita a Pequim, o enviado especial dos EUA Stephen Bosworth considerou o conflito “muito indesejável”.

O Conselho de Segurança da ONU deve discutir o incidente em reunião de emergência.

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