Com ventos de até 122 quilômetros por hora, o furacão Tomás passou hoje entre o Haiti e Cuba aparentemente sem causar grandes danos, mas pelo menos três pessoas morreram e cinco estão desaparecidas no Haiti.
A maior preocupação das autoridades haitianas e internacionais é com as chuvas torrenciais, capazes de transformar o surto de cólera surgido no interior do país numa epidemia de alcance nacional.
Havia medo de que os acampamentos precários improvisados onde ainda vivem 1,3 milhão de flagelados pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, que matou mais de 200 mil pessoas. A missão de paz das Nações Unidas, liderada pelo Brasil, ajudou parte da população a procurar abrigos mais seguros.
O furacão não foi arrasador, mas trouxe muita chuva. A cidade de Léogane foi mais atingida do que a capital, Porto Príncipe.
"A situação é de aparente calma. O furacão está chegando ao Norte do Haiti, e o maior problema é que a movimentação das águas possa transformar o surto de cólera numa epidemia", disse por telefone no início da noite à TV Brasil o professor Ricardo Seitenfus, representante da Organização dos Estados Americanos (OEA). "Parece que o pior já passou."
Em 2004 e 2008, tempestades tropicais provocaram chuvas, avalanchentes e enchentes que mataram milhares de haitianos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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