Sob forte pressão dos déficits orçamentários, as duas antigas potências imperiais da Europa assinam hoje em Londres um amplo acordo de cooperação militar.
O Reino Unido e a França têm os maiores orçamentos militares do mundo, depois dos Estados Unidos e da China, de pouco menos de US$ 70 bilhões por ano.
Quando o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou há duas semanas um profundo corte orçamentário no setor de defesa, os analistas anunciaram mais uma vez o fim do Império Britânico. Mas impérios relutam a aceitar a própria morte.
A integração das Forças Armadas da França e do Reino Unido, iniciada em Saint Malo, em 1998, pelo primeiro-ministro Tony Blair e o presidente Jacques Chirac, é o embrião de um exército europeu.
São 241 mil soldados franceses e 175 mil britânicos. Paris tem um porta-aviões, quatro submarinos lançadores de mísseis e 350 ogivas nucleares operacionais. Londres comanda três porta-aviões, quatro submarinos de ataque e 160 bombas atômicas.
Será formada uma "força expedicionária comum" com soldados dos exércitos, marinhas e aeronáuticas dos dois países. Uma manobra conjunta aeroterrestre será realizada em junho de 2011 na região de Flandres.
Depois de séculos de conflitos, o Reino Unido e a França se tornaram aliados em 1905, com a criação da Entende Cordiale.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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