Depois do Reino Unido e da França, a Alemanha suspendeu hoje todos os voos com origem, destino ou escala no Iêmen, de onde teriam sido enviados dois pacotes com bombas capazes de derrubar aviões. O governo alemão defende a cooperação internacional para estabelecer novas normas de segurança antiterrorismo para a aviação comercial.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, reuniu seu grupo interministerial de combate ao terrorismo. No Parlamento Britânico, a secretária do Interior, Theresa May, anunciou que também serão suspensos os voos para a Somália e proibido o transporte de cartuchos para impressoras na bagagem de mão.
Os dois pacotes, endereçados a sinagogas de Chicago, nos Estados Unidos, continham o explosivo conhecido como PETN, o mesmo usado no atentado frustrado contra um avião que fazia a rota Amsterdã-Detroit no Natal do ano passado. Um foi apreendido em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e o outro em aeroporto próximo a Nottingham, na Inglaterra.
A realidade é que o terrorismo procura os pontos fracos. Tenta atacar onde a guarda está despreparada. Nenhum passageiro embarca hoje num voo internacional para a Europa e os EUA sem passar por uma rigorosa revista. O mesmo não acontece com a carga.
É impossível passar toda a carga que entra em aviões no mundo inteiro sem submteter o transporte aéreo a atrasos de forte impacto econômico. Não há segurança absoluta.
Outro aspecto importante é a determinação dos fundamentalistas muçulmanos da rede terrorista Al Caeda em atacar os EUA. Depois do nigeriano que tentou explodir um avião americano no Natal de 2009, um paquistanês naturalizado americano quis detonar um carro-bomba na Times Square, a zona de teatros de Nova York, em 1º de maio de 2010.
Pior ainda: quem revelou a conspiração não foi nenhum serviço secreto ocidental, foi um ex-militante d'al Caeda que esteve preso na base naval americana em Guantânamo e virou informante da polícia da Arábia Saudita.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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