Num resultado considerado uma derrota para a primeira-ministra Angela Merkel, foram necessárias três votações para eleger indiretamente o novo presidente da Alemanha, Christian Wullf.
Como a Alemanha tem um regime parlamentarista, a presidência é um cargo decorativo sem maior expressão política. Por isso, o presidente alemão não escolhido pelo povo, o que lhe daria maior legitimidade do que a primeira-ministra.
A eleição presidencial é indireta. Vota um Colégio Eleitoral formado pelos deputados federais, senadores e representantes das assembleias legislativas dos 16 estados alemães, num total de 1.244 grandes eleitores.
Wullf, ex-governador da Baixa Saxônia, é da União Democrata-Cristã, liderada por Angela Merkel. Com o apoio do partido liberal-democrata UDF, que faz parte da coalizão de governo, poderia ter sido eleito na primeira votação.
Por duas vezes, ele ficou abaixo da maioria absoluta do Colégio Eleitoral, que exige um mínimo de 623 votos, conseguindo apenas 600 na primeira votação e 612 na segunda.
Só depois de muitas horas, na terceira votação, Wullf ganhou por 625 votos contra 494 votos para o pastor protestante Joachin Gauck, um líderes da revolução democrática contra o comunismo na Alemanha Oriental, em 1989.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário