Durante viagem à Espanha para participar da reunião de cúpula da América Latina, União Europeia e Caribe, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, foram dar apoio ao juiz Baltasar Garzón, suspenso pelo Supremo Tribunal do país por ter ordenado uma investigação dos crimes do franquismo.
"Demos nosso total apoio", declarou a presidente argentina. "Não creio que seja uma ingerência em assuntos internos porque os direitos humanos são universais. Foi este conceito que permitiu processar [o ex-ditador chileno Augusto] Pinochet. Por tudo isso, me parece incompreensível o uso de dois pesos e duas medidas com uma pessoa da reputação do juiz Baltasar Garzón."
Além de Pinochet e da ditadura militar argentina, Garzón mandou prender o terrorista saudita Ossama ben Laden por crimes contra a humanidade. Quando quis desenterrar os crimes cometidos pelo franquismo durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e a ditadura do generalíssimo Francisco Franco (1939-75), foi afastado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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