A oposição denuncia fraude nas eleições parlamentares realizadas hoje na Etiópia, o segundo país mais populoso da África. O primeiro-ministro Meles Zenawi, apoiado pelos Estados Unidos, confia na vitória.
São as primeiras eleições desde o contestado pleito de 2005, que deflagrou uma onda de violência política com 193 mortes no país do Nordeste da África.
O chefe da missão observadora da União Europeia declarou que a votação foi calma e pacífica, com comparecimento de mais de 70% dos eleitores.
Em meio a denúncias de fraude, o primeiro-ministro Zenawi afirmou estar confiante da vitória, lembrando que "a Etiópia cresceu mais de 10% ao ano durante sete anos" e que, nestas condições, nenhum governo perde eleição.
O chefe de governo rejeitou as acusações de irregularidades alegando que ninguém controla a decisão do eleitor sozinho dentro da cabine de votação. Aliado dos EUA, Zenawi interveio militarmente na vizinha Somália para combater milícias fundamentalistas muçulmanas.
Mas a oposição alega que as cabines são controladas pelos governos locais e foram cercadas por soldados e policiais, numa demonstração de força para intimidar a população local a votar no governo.
A comissão eleitoral da Etiópia tem até 21 de junho para anunciar o resultado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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