O presidente de Israel, Shimon Peres, negou ontem ter tentado vender armas nucleares ao regime segregacionista do apartheid na África do Sul.
A revelação de que Israel negociou armas nucleares com a ditadura da minoria branca da África do Sul foi feita ontem pelo jornal inglês The Guardian, citando documentos secretos desclassificados há pouco pelo governo democrático sul-africano.
São os primeiros documentos oficiais de Israel que confirmam que o país possui armas nucleares.
Em um dos memorandos ultrassecretos, o então ministro da Defesa da África do Sul, Pieter Willem Botha, o Crocodilo, que depois seria presidente (1984-89), pediu para comprar armas nucleares em 1975.
O então ministro da Defesa e hoje presidente de Israel respondeu que poderia oferecer em "três tamanhos". Uma das cláusulas do acordo é que deveria ficar secreto para sempre.
Mas a ditadura dos brancos caiu em 1994, quando Nelson Mandela se tornou presidente, e agora o documento desclassificado foi parar nas mãos do pesquisador americano Sasha Polakow Suransky, que está escrevendo um livro sobre as relações entre Israel e a África do Sul.
Para o Guardian, a descoberta derruba o argumento de que Israel é uma potência nuclear responsável que só tem a bomba atômica para se defender.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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