A Justiça do Irã mandou libertar o cineasta Jafar Panahi, que entrara em greve de fome de protesto contra sua prisão há nove dias, em troca de uma fiança de US$ 200 mil.
No ano 2000, Panahi ganhou o Leão de Ouro, o grande prêmio do Festival de Cinema de Veneza.
Panahi foi preso por assinar uma lista em homenagem a Neda Soltan, a jovem estudante morta por um tiro por estar presente a uma manifestação contra a reeleição de Ahmadinejad.
Ele foi libertado no ano passado e preso de novo em março, em casa, por fazer filmes sobre os protestos considerados contra o regime fundamentalista iraniano.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Celso Amorim, fez apelos pela sua libertação, assim como a atriz Juliette Binoche, ao receber o prêmio de melhor atriz no fim de semana no Festival de Cannes, na França. Panahi tinha sido convidado para o júri.
Mas a libertação parece ter resultado de conveniências políticas internas do Irã. Em 12 de junho, fez um ano da reeleição fraudulenta de Ahmadinejad. Há expectativa de novas manifestações.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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