Na abertura de uma conferência nuclear, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou os Estados Unidos de ter sido o único país a usar armas atômicas e de ameaçar usá-las novamente. Ele pediu o total desarmamento das potências nucleares, que seria supervisionado por uma agência independente.
Ahmadinejad estava falando da nova doutrina nuclear anunciada pelo presidente americano Barack Obama, que promete não usar armas nucleares contra países não nucleares que respeitem o Tratado de Não Proliferação Nuclear, mesmo se os EUA forem atacados por eles com armas químicas, biológicas ou cibernéticas.
O primeiro a falar foi o Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei. Ele afirmou que as armas nucleares são proibidas pelo Islã.
A mesma posição era defendida pelo líder da revolução islâmica de 1979, o aiatolá Ruhollah Khomeini, porque as armas nucleares matam indiscriminadamente.
Durante a Guerra Irã-Iraque, com o bombardeio sistemático das grandes cidades, Khomeini teria cedido e encarregado a Guarda Revolucionária Iraniana de desenvolver a bomba atômica, afirma o orientalista Dilip Hiro, insuspeito de ser pró-EUA.
A guarda, de onde saiu Ahmadinejad, teria vetado a proposta da mandar urânio para enriquecimento no exterior depois que o próprio presidente iraniano admitiu apoiar a ideia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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