quarta-feira, 21 de abril de 2010

Corte da ONU rejeita pedido de fechar Botnia

O Tribunal Internacional das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda, conclui que o Uruguai não violou fundamentalmente o Estatuto do Rio Uruguai, um acordo assinado com a Argentina em 1975 sobre o uso compartilhado do rio, quando autorizou a instalação de fábricas de celulose na sua margem oriental.

A Corte Internacional de Justiça rejeitou assim o pedido argentino para fechar a fábrica instalada pela empresa finlandesa Botnia em Fray Bentos, no Uruguai. Mas concluiu que o Uruguai não seguiu os procedimentos do tratado ao não consultar a Argentina sobre a instalação das fábricas de papel e celulose. E propôs um monitoramento conjunto do impacto ambiental.

Já dura quase cinco anos esse conflito conhecido nos países vizinhos como a "guerra das papeleiras". Duas fábricas, uma finlandesa e outra do grupo espanhol Ence, do lado uruguaio do Rio, num investimento de US$ 2 bilhões, equivalentes a 15% do produto interno bruto da República Oriental do Uruguai.

Na Argentina, os moradores da cidade de Gualeguaychú prometem manter o bloqueio da ponte internacional, iniciado há três anos e meio, com o apoio, na época, do então presidente Néstor Kirchner. Eles insistem que a Botnia está contaminando o Rio Uruguai e exalando mau cheiro.

Como o acordo entre os dois países não há referências a mau cheiro nem a queda no turismo, o tribunal de Haia ignorou essas demandas argentinas.

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