O candidato verde Antanas Mockus, a grande sensação da campanha eleitoral na Colômbia, abriu uma vantagem de 12 pontos percentuais em relação ao candidato do presidente Álvaro Uribe, o ex-ministro da Defesa Jan Manuel Santos, nas pesquisas sobre o primeiro turno da eleição presidencial, em 30 de maio.
Na última pesquisa, Mockus chegou a 39% das preferências contra 27% para Santos.
Com apenas 9,8%, a ex-ministra do Exterior Noemí Sanín de Rubio, candidata oficial do Partido Conservador, ficou num distante terceiro lugar. A maioria do eleitorado conservador deve votar em Santos já no primeiro turno.
Se houver segundo turno, previsto para 20 de junho, Mockus levaria hoje uma vantagem sobre Santos de 41,5% a 29%.
A grande novidade da política colombiana representada pela ascensão de Mockus é uma certa sensação de que a guerra civil contra as guerrilheiras de esquerda e a ação dos paramilitares de direita.
Santos representa a continuação da política de "segurança democrática", que negou legitimidade à guerrilha e optou por uma solução militar, em vez de negociar com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), como fizeram, sem sucesso, seus antecessores Ernesto Samper e Andrés Pastrana.
Uma vitória de Mockus significa que a guerra deixou de ser prioridade para o eleitorado colombiano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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