Taylor responde por 11 acusações de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e violações do direito internacional humanitário cometidos em Serra Leoa entre 30 de novembro de 1996 e 18 de janeiro de 2002. Ele apoiava os rebeldes da Frente Unida Revolucionária, responsável por uma barbárie marcada por massacres, mutilações de civis e recrutamento de crianças à força para participar da rebelião.
Durante este período, quando visitou a África do Sul para comprar armas para os rebeldes de Serra Leoa pagando com diamantes, Taylor participou de um jantar oferecido pelo presidente sul-africano, Nelson Mandela, em que Naomi Campbell estava presente.
Ela teria contado à atriz Mia Farrow, que também estava na África do Sul fazendo trabalho beneficente na época, que durante a noite enviados do então ditador da Libéria foram até seu apartamento no hotel e a presentearam com um grande diamante bruto.
Esse diamante seria uma das provas do envolvimento de Charles Taylor com um dos mais sanguinários grupos rebeldes africanos em troca de diamantes.
Os procuradores do tribunal entraram em contato com a modelo e disseram que Naomi Campbell se negou a cooperar. Na época, ela falou para Mia Farrow que daria a pedra preciosa para uma das instituições de caridade de Mandela, mas não fez isso.
Ao ser interrogado repetidamente sobre o diamante pela rede de televisão americana ABC, a supermodelo teve um de seus ataques de fúria e se negou a falar no assunto. Mas o tribunal ainda conta com sua ajuda para condenar um dos mais notórios e cruéis ditadores africanos.
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