Em viagem ao Irã para preparar uma visita oficial do presidente Lula no próximo mês, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Celso Amorim, pediu ontem ao regime fundamentalista iraniano que dê garantias à sociedade internacional de que seu programa nuclear é pacífico.
"Como disse o presidente Lula, o que o Brasil quer para o Irã é o mesmo que o Brasil quer para o Brasil, o direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos", declarou Amorim depois de se encontrar com o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki.
O ministro brasileiro defendeu a rediscussão da proposta de que a república islâmica mande seu urânio para enriquecimento no exterior.
Na sua opinião, seria uma forma de aumentar a confiança entre o governo iraniano, a Agência Internacional de Energia Atômica e as potências ocidentais que desconfiam das intenções reais da república dos aiatolás.
O Brasil é contra a proposta dos Estados Unidos de adotar uma quarta rodada de sanções contra o regime fundamentalista do Irã. Amorim acredita que sanções seriam contraproducentes e impediriam o diálogo.
Em seu tom grandiloquente, o presidente Mahmoud Ahmadinejad declarou que o Brasil e o Irã deveriam construir uma nova ordem mundial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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