O presidente da França, Nicolas Sarkozy, iniciou ontem uma visita oficial de três dias à China para reaproximar os dois países, afastados desde que Sarkozy recebeu o Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, e ameaçou boicotar a abertura da Olimpíada de Beijim, em 2008.
Sarkozy está convencido de que nenhuma questão internacional importante pode ser resolvida no mundo de hoje sem a cooperação da China. Ele pediu apoio para aprovar uma quarta rodada de sanções contra o programa nuclear do Irã. Mas a China está mais preocupada com a reforma do sistema financeiro internacional para evitar crises como a Grande Recessão de 2008-09.
"A questão é examinar até que ponto a ausência de um diálogo construtivo deve levar a sanções para fortalecer o diálogo construtivo", declarou o presidente francês, numa referência à proposta de diálogo direto EUA-Irã do presidente Barack Obama. "Este momento está chegando".
Já o presidente chinês, Hu Jintao, declarou que "o ponto mais importante de uma reforma do sistema internacional deve ser o fortalecimento da supervisão internacional, encorajar a cooperação financeira regional e promover uma reforma do sistema monetário internacional. Nossos dois países concordaram em coordenar atividades para promover uma economia global sustentável".
O presidente francês aceitou, em princípio, a ideia de trabalhar por uma sistema monetário menos dependente do dólar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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