quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

UE promete evitar crise das dívidas públicas

O presidente executivo da União Europeia, o ex-primeiro-ministro belga, Herman van Rampuy, apresentou hoje a declaração oficial do bloco sobre a crise das dívidas públicas dos países da zona do euro, prometendo “ação determinada e coordenada, se necessário”, sem dar mais detalhes. Ele disse que “a Grécia não pediu ajuda financeira”.

Durante reunião de cúpula em Bruxelas, os líderes da UE discutiram o apoio a Grécia, Portugal Irlanda e Espanha. Esses países aumentaram os déficits orçamentários e as dívidas públicas para enfrentar a grande recessão mundial dos últimos dois anos - e estão com dificuldade para pagar as contas.

A Alemanha pediu um esforço maior da Grécia para dar ajuda. Ao entrar na reunião, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, afirmou que "a Grécia é um país-membro da UE e não será abandonada", mas terá de cumprir as regras da união monetária europeia, que criou o euro.

No final do encontro, o presidente da UE revelou que o bloco exigiu que a Grécia reduza já neste ano o déficit público de 12,7%  para 4% do produto interno bruto (tudo o que o país produz num ano menos as importações).

A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, vai monitorar o programa de ajuste das contas públicas gregas e pode exigir medidas adicionais já no mês que vem.

Os economistas calculam que a Grécia precise de US$ 75 bilhões para fechar as contas públicas deste ano. Depois de admitir que a situação é muito séria, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, reconheceu que o país perdeu parte de sua soberania por falta de credibilidade.

Já o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, afirmou que conseguiu reduzir o déficit de 6,8% para 2,6% entre 2005 e 2007. Ele afirmou que o envididamento do país não é maior do que o de outros países desenvolvidos e prometeu repetir o feito. O déficit português está em 7,7% do PIB.

Portugal acaba de vender com sucesso títulos da dívida pública no valor de 3 bilhões de euros, cerca de US$ 4,1 bilhões. Para isso, teve de pagar juros de 4,823% ao ano, os maiores em oito anos.

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