Um violento terremoto, de 8,8 graus na escala aberta de Richter, abalou na madrugada de hoje, 27 de fevereiro de 2010, a região centro-sul do Chile. O epicentro foi no mar, perto da costa e da cidade de Concepción, a 325 quiômetros ao Sul de Santiago.
Mais de 200 pessoas morreram. A presidente Michelle Bachelet decretou estado de calamidade pública e advertiu que, "sem dúvida, com um terremoto desta magnitude, o número de mortos deve aumentar". O aeroporto de Santiago deve permanecer fechado por 24 horas.
Houve alerta de tsuname do Chile e Peru até a Austrália e a ilha de Tonga, do outro lado do Oceano Pacífico. A cidade chilena de Talcahuano foi atingida por uma onda de 2,3 metros.
Veja as primeiras fotos publicadas pelo jornal francês Libération e pela revista americana Time.
Um sismólogo entrevistado pela televisão americana CNN observou que, no terremoto de 12 de janeiro no Haiti, de 7 graus, viviam 2,5 milhões de pessoas na área onde o choque foi mais violento.
A escala Richter é uma escala logarítmica que mede a amplitude da oscilação da costa terrestre. Cada um ponto a mais significa uma intensidade 10 vezes maior.
Essa diferença de 7 para 8,8 graus indica um terremoto 88 vezes mais forte. Mas o especialista esclarece que na área onde o choque foi mais violento no Chile, a população é pequena. A diferença de magnitude se deve mais ao fato que a área que se movimentou no Chile é muito maior do que a abalada no Haiti.
Informações sobre brasileiros residentes no Chile podem ser obtidas junto ao Núcleo de Assistência a Brasileiros do Ministério das Relações Exteriores, no telefone 61-8197 2284.
Com 8,8 graus, este é o sétimo terremoto mais forte registrado até hoje. O maior, de 9,5 graus, também aconteceu no Chile, em 22 de maio de 1960, matando 5,7 mil pessoas.
Cerca de 150 japoneses morreram por causa da tsuname do terremoto de Valdívia, como é conhecido o grande tremor de 1960
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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