Em 2009, o governo grego arrecadou 53 bilhões de euros, cerca de 5% do produto interno bruto do país. Fechou o ano com um déficit orçamentário de 12,7% do PIB.
Para 2010, a expectativa é que a dívida pública chegue a 125% de tudo o que o país produz em um ano menos as importações.
A crise da dívida da Grécia ameaça contagiar outros países da zona do euro, especialmente Portugal, Irlanda e Espanha, mas a União Europeia se nega a socorrer diretamente o país. Isso contrarias os tratados constitucionais da UE e criaria um precedente perigoso capaz de gerar irresponsabilidade fiscal.
Na Alemanha, o país mais rico da Europa, que teria de arcar com a maior parte do custo de um resgate de outros países, há uma forte oposição a uma ajuda direta à Grécia ou a qualquer outro país endividado além de sua capacidade de pagar.
Com um lançamento de títulos da dívida, sempre existe a possibilidade de que os governos entrem no mercado, caso agentes privados não se interessem pelos bônus da dívida soberana da Grécia.
Mas a pressão da UE é para que a Grécia adote uma solução de mercado, vendendo títulos, combatendo a sonegação de impostos e cortando gastos públicos, o que é o mais difícil e ameaça trazer a recessão de volta.
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