A recuperação nascente ainda exige que os juros continuem ultrabaixos por um longo tempo, afirmou agora há pouco o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, em depoimento ao Congresso.
Bernanke tentou acalmar o mercado, que interpretou o aumento da taxa de redesconto de 0,5% para 0,75% como um prenúncia de alta na taxa básicas de juros, hoje entre 0 e 0,25%. A taxa de redesconto é a cobrada pelo Fed nos empréstimos de emergência para os bancos.
É o início do desmonte das medidas excepcionais adotadas pelo banco central dos EUA para evitar que a recessão levasse a uma depressão, como nos anos 30.
Como a economia ainda se recente do elevado desemprego e subemprego, que atingem 20% dos trabalhadores americanos, cerca de 30 milhões de pessoas, o mercado ainda considera prematuro retirar as medidas de estímulo.
O debate mostrou claramente a diferença de posições entre os partidos Republicano e Democrata. Enquanto os republicanos estão preocupados com o déficit público federal, que chegou a 10% do produto interno bruto, e da dívida pública, superior a US$ 12 trilhões, os democratas entendem que só será possível cortar gastos quando o mercado de trabalho se recuperar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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