O pedreiro Orlando Zapata Tamayo morreu ontem em Cuba depois de 85 dias de greve de fome, horas antes chegada ao país do presidente Lula, em visita oficial.
Preso desde 2003, Zapata queria ser reconhecido como prisioneiro político.
"Sua morte era totalmente evitável", protestou o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez.
Em carta ao presidente Lula, os dissidentes cubanos do Grupo dos 75 pediram ao presidente Lula que interceda junto aos irmãos Castro durante sua atual visita a Cuba, afirmou o jornal espanhol El País.
Lula foi descrito como um "magnífico interlocutor para convencer o governo cubano a fazer "as reformas econômicas, políticas e sociais urgentemente requeridas" e "avançar com respeito aos direitos humanos, lograr a ansiada reconciliação nacional e tirar a nação da crise profunda em que se encontra".
Mas El País observa que o objetivo da visita é "dar apoio político e econômico ao regime castrista: o presidente brasileiro ignora os pedidos de mediação dos dissidentes".
Os dissidentes dizem que a embaixada se negou a recebê-los. Lula declarou em Havana não ter recebido carta nenhuma.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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