Em entrevista divulgada agora à noite pela televisão estatal de Cuba, o ex-presidente Fidel Castro acusou os Estados Unidos de afundarem um navio sul-coreano para provocar uma guerra entre as duas Coreias e alertou para o risco de uma guerra nuclear por causa das pressões sobre o programa atômico do Irã.
Fidel reapareceu em público nos últimos dias para defender sua visão comunista ortodoxa depois que seu irmão concordou em libertar os últimos 52 presos do Grupo dos 75 detidos durante a Primavera Negra de 2003.
Ontem à noite, deu mais uma entrevista patética diante de um jornalista subserviente que jamais contestou suas afirmações tresloucadas. Se é possível um ataque de Israel contra o programa nuclear do Irã, isso não é mais novidade.
Israel vê no Irã a maior ameaça à sua existência. A república islâmica repudia a existência de Israel e seu presidente ameaça varrer do mapa a "entidade sionista" (é assim que ele se refere a Israel).
Já a outra alegação levantada pelo ditador patético, de que os Estados Unidos afundaram o navio de guerra sul-coreano Cheonan, em 26 de março de 2010, para provocar uma nova guerra da Coreia beira a um delírio paranoico.
Primeiro, os EUA querem desarmar o programa nuclear norte-coreano. Segundo, uma comissão internacional de investigação concluiu que a Coreia do Norte bombardeou o navio sul-coreano e apresentou o torpedo usado na agressão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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