O presidente Malam Bacal Sanhá declarou que a situação está sob controle na Guiné-Bissau, depois de uma tentativa de golpe militar em que o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, almirante José Zamora Induta. Pelo menos 40 golpistas foram presos.
Em entrevista a uma rádio portuguesa, o presidente afirmou que tudo não passou de uma "confusão entre soldados".
A conspiração teria sido articulada pelo novo comandante do Exército, general António Indjai, com o apoio do ex-chefe do Estado-Maior da Marinha, Bubo Na Tchuto, que tentou um golpe em 2008 contra o então presidente João Bernardo Nino Vieira. Desde então, ele estava exilado em Gâmbia, de onde voltou em dezembro e se refugiou na embaixada das Nações Unidas em Bissau.
Com 1,6 milhão de habitantes e um produto interno bruto de US$ 430 milhões, a Guiné-Bissau, um pequeno país do Oeste da África que fala português é um dos países mais pobres do mundo, dependente de ajuda externa. Até a energia elétrica é escassa.
O atual presidente foi eleito em 2009. Seu antecessor, Nino Vieira, foi morto por militares rebeldes depois que uma explosão matou o então chefe do Estado-Maior.
Hoje, quando os militares prenderam o primeiro-ministro Gomes Jr., uma multidão se concentrou diante da sede do governo para repudiar o golpe militar.
No fim do dia, o general Indjai declarou que "o presidente Malam é um grande presidente da Guiné-Bissau e será um dos melhores presidentes do mundo". Parece um sinal de que o golpe desandou.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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