Em discurso diante do movimento conservador Festa do Chá agora há pouco, a candidata à vice-presidência dos Estados Unidos derrotada em 2008, Sarah Palin, declarou a uma plateia tao crédula quanto entusiasmada que "não há nada de errado com os EUA que nós aqui não possamos consertar".
Até parece que será fácil controlar uma dívida pública de mais de US$ 12 trilhões. Mas Palin vive no mundo de sonhos e fantasias da direita americana mais conservadora.
A ex-governadora do Alasca, que lançou um livro de memórias se autoglorificando de olho na Casa Branca, ganhou US$ 100 mil para fazer o principal discurso da convenção em que brancos da classe média protestam contra o endividamento do país e o desemprego como se isso fosse culpa do presidente Barack Obama e não dois dois desastrosos governo George W. Bush.
Sem qualquer proposta política concreta, seu discurso patético foi uma coleção de banalidades, lugares-comuns e slogans do Partido Republicano do tipo: "O presidente precisa enfrentar os verdadeiros inimigos dos EUA e não se curvar diante deles".
Só a TV conservadora Fox News transmitiu o discurso na íntegra, muito elogiado pelo notório apresentador de programas de baixo nível Geraldo Rivera como "consistente".
Com esse tipo de mentalidade tacanha, os EUA correm risco de cair numa radicalização infantil capaz de acelerar o declínio do país como superpotência decadente.
Para quem achou que já tinha visto o pior do Partido Republicano com W., a tsuname Sarah Palin mostra que o buraco é muito mais embaixo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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