domingo, 1 de outubro de 2023

Hoje na História do Mundo: 1º de Outubro

FIM DO IMPÉRIO PERSA

    Em 331 antes de Cristo, Alexandre III, o Grande, da Macedônia, vence Dario III na Batalha de Gaugamela, uma das mais estudadas nas escolas militares porque Alexandre tem muito menos soldados. É o fim do Império Persa.

Os persas tentam invadir a Grécia no século 5 AC, nas Guerras Greco-Persas ou Guerras Medas (499-449 AC), mas são derrotados. Com a vitória, Atenas se transforma numa potência imperial e Esparta inicia a Guerra do Peloponeso porque a rival está se tornando poderosa demais.

Esparta vence, mas depois é derrotada por Tebas. É o fim da Idade de Ouro na Grécia. Disso se aproveita Felipe II, da Macedônia, pai de Alexandre, para tomar o poder em 359 AC. Ao morrer, em 336 AC, Felipe deixa o reino para o filho, que invade a Ásia e reinicia o conflito com os persas.

Diante da derrota em Gaugamela, o exército de Dario III foge. Alexandre o persegue por 110 quilômetros até Arbela. Perde 100 homens e mil cavalos na perseguição. 

Com a vitória, Alexandre conquista a Babilônia, toda a Mesopotâmia e metade da Pérsia. Seus soldados o aclamam Rei da Ásia e prometem conquistar todo o continente. 

MARIA SANGUINÁRIA

    Em 1553, Maria Tudor, a filha mais velha de Henrique VIII, católica, é coroada Maria I, da Inglaterra, na Abadia de Westminster, em Londres. É a primeira mulher a ascender ao trono do país.

Henrique VIII quer um filho homem para evitar um conflito sucessório como a Guerra das Duas Rosas (1455-87), vencida por seu pai, Henrique VII. Mas sua primeira mulher, Catarina de Aragão, filha de Fernando e Isabel, os reis católicos da Espanha, tem cinco filhos, a única sobrevivente é uma filha mulher, Maria.

Para se divorciar e casar com Ana Bolena, Henrique VIII rompe com o Vaticano e funda a Igreja Anglicana em 1534. É a Reforma Protestante na Inglaterra. Ao fazer isso, o rei divide o país entre católicos e protestantes, o que fomentaria guerras civis até 1689..

A terceira de suas seis esposas, Jane Seymour, lhe dá um filho homem, mas Eduardo VI (1547-53) tem problemas de saúde e reina por apenas seis anos. Primeiro rei educado no protestantismo, Eduardo VI tenta consolidar a Reforma.

Eduardo VI não queria entregar a coroa à irmã católica. Nomeia a prima Joana Grey, bisneta de Henrique VII, como sucessora. Lady Jane é a Rainha dos Nove Dias, de 10 a 19 de julho de 1553, quando Maria I é proclamada rainha. Joana é presa na Torre de Londres, condenada por traição e executada.

Ao ascender ao trono, Maria I revoga a Reforma e proíbe o protestantismo. Passa a ser chamada de Maria Sanguinária (Bloody Mary) depois da execução de 280 protestantes. Ela se casa com Felipe II, da Espanha, numa aliança de reis católicos. Este casamento enfrenta resistência na Inglaterra, especialmente dos protestantes.

Fraca e doente, Maria I morre aos 42 anos, provavelmente de câncer de útero ou de ovários. Sem descendentes depois de duas gravidezes psicológicas, é obrigada a apontar a irmã protestante, Elizabeth Tudor como sucessora.

Seu legado é uma reforma fiscal, a expansão naval e exploração colonial, que lançaram a semente do Império Britânico, que começa a se desenvolver sob Elizabeth I (1558-1603).

PARQUE NACIONAL DE YOSEMITE

    Em 1890, o Congresso dos Estados Unidos cria o Parque Nacional de Yosemite, na Serra Nevada, na Califórnia, depois de uma campanha liderada pelo ecologista John Muir.

Os índios são os únicos habitantes do Vale de Yosemite até 1849, quando a Corrida do Ouro na Califórnia atrai garimpeiros, mineiros e colonos, o que causa danos ambientais na região.

Para acabar com a exploração econômica da área, em 1864, o presidente Abraham Lincoln declara que Yosemite e suas sequoias gigantes são um bem público. É a primeira vez que o governo dos EUA protege uma área para desfrute do público, lançando as bases para a criação do sistema de parques nacionais.

O Parque Nacional de Yellowstone, criado em 1872, é o primeiro do país.

LAWRENCE DA ARÁBIA TOMA DAMASCO

    Em 1918, um exército árabe-britânico articulado pelo coronel Thomas Edward Lawrence, o Lawrence da Arábia, toma Damasco do Império Otomano (turco) e conclui a libertação da Arábia durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Arabista formado na Universidade de Oxford, Lawrence trabalha como oficial de inteligência do Exército Real britânico no Egito a partir de 1914. Quando começa a Revolta Árabe (1916-18) contra o Império Otomano, aliado da Alemanha e do Império Austro-Húngaro na guerra, Lawrence convence seus superiores a apoiar a rebelião do emir de Meca, Hussein ibn Ali. É enviado como oficial de ligação do Exército Real para unir as tribos árabes com o apoio da França e do Reino Unido.

Em julho de 1917, os árabes tomam o porto de Ácaba, perto da Península do Sinai, e se juntam aos britânicos para marchar rumo a Jerusalém. Lawrence é promovido a coronel. Preso numa ação de inteligência, é torturado e abusado sexualmente até conseguir escapar.

Forças australianas sob o comando do general Henry Chauvel atacam Damasco primeiro, mas seguem perseguindo os turcos em fuga quando as tropas de Lawrence chegam.

Lawrence é a favor da unidade da Arábia. Como as diversas facções árabes se dividem, volta para a Inglaterra desiludido e rejeita medalhas do rei George V por entender que o Império Britânico fomentou a divisão dos árabes na velha política de dividir para reinar.

NAZISTAS SENTENCIADOS À MORTE

    Em 1946, 12 altos funcionários do regime nazista de Adolf Hitler pegam pena de morte por enforcamento no Tribunal de Crimes de Guerra de Nurembergue, na Alemanha, entre eles Hermann Göring, fundador da polícia política Gestapo (Geheim Staatpolizei) e comandante da Luftwaffe, a Força Aérea alemã; Joachin von Ribbentrop, ministro do Exterior; e Wilhelm Frick, ministro do Interior.

O Julgamento de Nurembergue, realizado por um tribunal internacional com representantes dos Estados Unidos, da União Soviética, da França e do Reino Unido, dura 10 meses. 

Outros sete condenados recebem penas e 10 anos a prisão perpétua, inclusive Rudolf Hess, vice de Hitler de 1933 a 1941. Três réus são absolvidos.

Os criminosos de guerra nazista são enforcados em 16 de outubro. Göring se mata na véspera ingerindo veneno.

COMUNISMO NA CHINA

    Em 1949, sob a liderança de Mao Tsé-tung, o Partido Comunista toma o poder e funda a República Popular da China com a vitória na guerra civil sobre os nacionalistas do Kuomintang (KMT), liderados por Chiang Kai-shek, que fogem para Taiwan.

A China, o Império do Centro ou do Meio, terra de poetas, artistas e filósofos, é o centro do mundo na Ásia desde antes da Cristo. Cria a imprensa e a pólvora antes da Europa, mas não usa estas tecnologias para dominar o mundo. 

Ao contrário, a China se fecha e, como a Índia e o Japão, não participa da Revolução Comercial e fica para trás com a Revolução Industrial. Humilhado pelo Império Britânico nas Guerras do Ópio (1839-42 e 1856-60), para abrir o país ao livre comércio, inclusive de ópio, e vencido pelo Japão na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-95), o Império Chinês entra em declínio terminal e cai em 1912.

É uma era de anarquia, com as cidades costeiras dominadas pelo imperialismo ocidental e o interior dividido entre senhores da guerra. A China tem a menor renda por habitante do mundo: US$ 100 por ano. Neste contexto, Mao é um dos fundadores do Partido Comunista, em 1921.

Por ordem do ditador soviético Josef Stalin, o PC chinês faz aliança com os nacionalistas do KMT numa política de frente popular. Depois de massacres, os comunistas fogem durante um ano por 9 mil quilômetros na Longa Marcha (1934-35).

Com invasão da China continental pelo Japão, na Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-45), de certa forma a Segunda Guerra Mundial começa na Ásia antes da Europa. Depois de se tornar a grande força de resistência à invasão japonesa durante a guerra, o PC vence a guerra civil contra o KMT.

MASSACRE EM LAS VEGAS

    Em 2017, da janela de um quarto de hotel em Las Vegas, o atirador Stephen Paddock, de 64 anos, dispara contra um festival de música, mata 58 pessoas, fere outras centenas e se suicida, no pior massacre a tiros da história dos Estados Unidos, superando um massacre com 49 mortes numa discoteca gay de Orlando, na Flórida, em 2016.

Às 22h08, o atirador abre fogo do alto de um quarto do Mandalay Bay Casino & Resort contra uma multidão de mais de 22 mil pessoas que assistem a um show de música caipira de Jason Aldean.

Paddock era dono de 42 armas de fogo, inclusive fuzis de assalto AR-15. Leva 23 para o hotel e deixa 19 em casa. Nativo de Sun Valley, na Califórnia, morava numa comunidade de aposentados em Mesquita, no estado de Nevada. o mesmo de Las Vegas.

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