sábado, 28 de outubro de 2023

Hoje na História do Mundo: 28 de Outubro

 ESTÁTUA DA LIBERDADE 

    Em 1886, durante cerimônia presidida pelo presidente Glover Cleveland, a última peça da Estátua da Liberdade é encaixada, concluindo a obra que saúda os visitantes na entrada do porto de Nova York, nos Estados Unidos.

A Estátua da Liberdade é um presente da França para marcar a amizade e a aliança franco-norte-americana na Guerra da Independência dos EUA, que termina em 1783 com o Tratado de Paris.

A ideia é do historiador francês Edouard de Laboulaye. O projeto da Liberdade Iluminando o Mundo é do escultor francês Frédéric-Auguste Bartholdi. É uma estátua de mulher com o braço direito erguido e uma tocha na mão, com 46 metros de altura.

A estrutura para sustentar tudo isso é de Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc e Alexandre-Gustave Eiffel, que criou a Torre Eiffel, em Paris.

O Congresso aprova em fevereiro de 1877 o uso da Ilha de Bedloe para instalar a estátua. Ela fica pronta na França em maio de 1884. Três meses depois, os norte-americanos lançam a pedra fundamental.

A estátua de cobre chega ao porto de Nova York em mais de 200 caixas em junho de 1885. A montagem terminou nesta data.

ALEMÃES SE AMOTINAM

    Em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), marinheiros da Frota do Alto Mar do Império da Alemanha se recusam a receber ordens do almirantado para lançar mais um ataque contra a poderosa Marinha Real britânico, refletindo a frustração e o moral baixo das forças das Potências Centrais.

Diante da derrota inevitável, os império Alemão, Austro-Húngaro e Otomano negociam um armistício com os aliados (Estados Unidos, França e Reino Unido). A Rússia sai da guerra depois das revoluções de 1917 e a Bulgária se rende em setembro 

Humilhado pela derrota, o comandante da Marinha alemã, almirante Reinhardt Scheer, decide lançar um último ataque para restaurar o prestígio das Forças Armadas da Alemanha.

"Uma batalha honorável, mesmo que seja uma luta até a morte, vai lançar as sementes da nova Marinha da Alemanha no futuro. Não há futuro para uma Marinha atormentada por uma paz sem honra", declarou Scheer.

Sem avisar o chanceler (primeiro-ministro) Max von Baden, ele ordena aos navios que zarpem em 28 de outubro. Os marinheiros acham que é uma missão suicida e resistam. Recebem a ordem cinco vezes e a rejeitam.

Cerca de mil amotinados são presos. A frota imperial alemã fica paralisada, primeiro na base naval de Kiel. Em novembro, o movimento se espalha por Hamburgo, Bremen, Lübeck e Munique.

A bancada social-democrata no Reichstag proclama a república em 9 de novembro. O kaiser Guilherme II abdica. A guerra acaba às 11h de 11 de novembro de 1918.

LEI SECA

    Em 1919, o Congresso derruba o veto do presidente Woodrow Wilson à Lei Volstead, que regulamenta a 18ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos e impõe a Lei Seca, proibindo a fabricação, distribuição e consumo de bebidas alcoólicas.

O movimento contra as bebidas alcoólicas começa no início do século 19 e ganha força no fim do século 19. A emenda é aprovada em dezembro de 1917 e ratificada por três quartos dos estados, como exige a Constituição dos EUA, em janeiro de 1919.

Nove meses depois, a Lei Volstead regulamenta sua aplicação, inclusive a criação de uma unidade especial do Departamento do Tesouro. A proibição nunca funcionou e criou um mercado negro em que prosperou o crime organizado.

Em 1933, a 21ª Emenda acaba com a proibição.

MARCHA SOBRE ROMA

    Em 1922, uma manifestação de massa e um golpe de Estado levam ao poder na Itália o Partido Nacional Fascista, liderado por Benito Mussolini.

Quando os militantes fascistas e os paramilitares conhecidos como camisas-pretas entram na capital italiana na Marcha sobre Roma, o primeiro-ministro Luigi Facta tenta declarar estado de sítio, mas o rei Victor Emmanuel III não deixa. No dia seguinte, o rei nomeia Mussolini primeiro-ministro.

É o início de uma era de perseguição, tortura, assassinatos políticos, aliança com o Nazismo, leis de pureza racial, guerra e derrota.

ITÁLIA INVADE A GRÉCIA

    Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), o ditador Benito Mussolini surpreende até o aliado Adolf Hitler e invade a Grécia numa empreitada militar desastrosa.

A Guerra Greco-Italiana é um conflito armado dentro da Segunda Guerra Mundial. Dura 5 meses, 3 semanas e 5 dias, até 23 de abril de 1941. Termina com a vitória da Grécia.

A Itália Fascista declara guerra à França e ao Reino Unido em junho de 1940. Invade a França, o Egito e a Somalilândia, uma colônia britânica, antes de atacar a Grécia.

Depois de uma série de provocações, a Itália afunda o navio de cruzeiro grego Elli em 15 de agosto. Em 28 de outubro, Mussolini dá um ultimato, exigindo parte do território da Grécia, e o primeiro-ministro Ioannis Metaxas rejeita.

A Itália lança a invasão com tropas do Exército Real estacionadas na Albânia. Com o apoio da Força Aérea Real britânica, param a ofensiva italiana em meados de novembro e fazem um contra-ataque que ocupa uma parte do Sul da Albânia, onde o conflito entra num impasse.

"É a primeira derrota das forças do Eixo", observa o historiador Mark Mazower. Diante do fracasso de Mussolini, Hitler intervém.

Depois que a Bulgária adere ao Eixo, em 1º de março de 1941, a Alemanha Nazista invade o Norte da Grécia, em 6 de abril. A Grécia se rende. É ocupada por forças alemãs, italianas e búlgaras.

Em 20 de agosto de 1944, o Exército Vermelho da União Soviética invade a Romênia. Três dias depois, o rei Michael demite o primeiro-ministro colaboracionista, marechal Ion Antonescu, e declara guerra à Alemanha.

Neste dia, 23 de agosto, Hitler diz ao comandante militar alemão nos Bálcãs que, perdida a Romênia, não havia mais sentido em manter a ocupação da Grécia.

A Alemanha Nazista se retira de Atenas em 12 de outubro. As primeiras forças britânicas chegam à capital grega em 14 de outubro. Quatro dias depois, o governo da Grécia no exílio volta ao poder.

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