sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Hoje na História do Mundo: 27 de Outubro

 METRÔ EM NOVA YORK

    Em 1904, Nova York é a nona cidade do mundo a inaugurar um sistema de trens subterrâneos para transporte urbano, depois de Londres (1863), Istambul (1875), Chicago (1892), Glasgow (1896), Budapeste (1896), Boston (1897), Paris (1900) e Berlim (1902). 

A primeira linha tem pouco mais de 14,5 quilômetros e 28 estações. Vai da Prefeitura, na Baixa Manhattan, até a Grande Estação Central. Depois, segue no rumo oeste ao longo da Rua 42 até a Times Square. Daí em diante ruma para o norte até a esquina da Broadway com a Rua 145, no bairro do Harlem.

Às 19h, o serviço é aberto ao público, que paga um níquel, cinco centavos de dólar, pela viagem. O prefeito George McClellan pilota na primeira viagem.

O metrô de NY chega ao bairro do Bronx em 1905, ao Brooklyn em 1908 e ao Queens em 1915. Hoje, tem 26 linhas, a mais longa com 51 km, 472 estações e funciona 24 horas.

FIM DA CRISE DOS MÍSSEIS

    Em 1962, com o anúncio da retirada dos mísseis nucleares da União Soviética de Cuba, termina a Crise dos Mísseis, o momento mais tenso da Guerra Fria, quando o mundo esteve mais perto do que nunca de uma guerra atômica.

A tensão entre os EUA e a URSS em torno de Cuba se agrava com a fracassada invasão da Baía dos Porcos, em abril de 1991, uma operação articulada pela Agência Central Inteligência (CIA) com refugiados cubanos, um projeto do vice-presidente Richard Nixon, um ferrenho anticomunista, no governo Dwight Eisenhower (1953-61). O presidente John Kennedy (1961-63) herdou a operação.

Vitorioso, o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, pede proteção à URSS. Em um ano, o número de assessores militares soviéticos em Cuba sobe para mais de 20 mil.

Fidel e o líder soviético, Nikita Kruschev, estão certos de que os EUA tentariam invadir de novo. Sob pressão da linha dura, Kruschev pensa em se fortalecer e neutralizar a presença de mísseis nucleares norte-americanos perto do território soviético, na Turquia.

Dois dias depois, devidamente analisadas por oficiais de inteligência, as fotos chegam à mesa do presidente Kennedy no Salão Oval da Casa Branca. Os mísseis dão à URSS a condição de lançar um primeiro ataque de uma distância de 140 quilômetros.

Kennedy cria um gabinete de guerra, onde pombas falcões travam um duelo entre diplomacia e uso da força e decidem impor um bloqueio aeronaval em Cuba. 

Em 22 de outubro, Kennedy faz um pronunciamento na televisão comunicando ao povo norte-americano que a URSS está instalando mísseis nucleares em Cuba e anuncia o que chamou de "quarentena", na verdade um bloqueio. Deixa claro que não descarta uma ação militar para acabar com o que chama de "ameaça clandestina, imprudente e provocadora à paz mundial."

Todo navio soviético que se aproximar de Cuba está sujeito a abordagem e inspeção dos EUA para que não levar mais equipamentos nucleares à ilha. Kennedy exige a retirada dos mísseis e a destruição dos silos. O bloqueio começa em 23 de outubro.

São os dias mais tensos da Guerra Fria. Nunca o mundo fica tão perto de uma guerra nuclear. Diante do impasse, os EUA se preparam para invadir Cuba. Um jornalista soviético, todo jornalista soviético era também agente secreto, estranha a ausência de jornalistas no café do Capitólio e comenta com um garçom, que avisa: "Está todo o mundo indo para Cuba porque os EUA vão invadir."

Este jornalista liga para Moscou e Kruschev finalmente cede. Em 27 de outubro, a URSS anuncia a retirada dos mísseis de Cuba e os EUA se comprometem a remover os mísseis instalados na Turquia, que eram obsoletos e seriam retirados mesmo, e fazem um acordo tácito para não invadir Cuba.

Depois desta crise, as superpotência instalam o telefone vermelho, uma linha direta entre o Kremlin e a Casa Branca para os líderes resolverem pessoalmente as crises mais graves. Enfraquecido, Kruschev cai dois anos depois por outros motivos, na luta interna do PCUS..

UM MILHÃO DE PRESOS

    Em 1994, a população carcerária dos Estados Unidos chega a 1.012.851 detentos em prisões federais e estaduais, sem contar cerca de 500 mil detidos em prisões municipais.

A grande maioria é de homens condenados por uso ou venda de drogas ilícitas. Os negros são 13% da população norte-americana e mais da metade dos presos. Em 1994, 42% dos que estão no corredor da morte para serem executados são afroamericanos.

Hoje, a população carcerária dos EUA têm 1,8 milhões de presos e 4,75% tiveram a pena suspensa ou estão em liberdade condicional. Mais de 2% dos norte-americanos têm problemas com a Justiça Criminal no país.

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