terça-feira, 3 de outubro de 2023

Hoje na História do Mundo: 3 de Outubro

 DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS

    Em 1863, durante a Guerra da Secessão (1861-65), para celebrar a vitória do Exército da União sobre os Estados Confederados do Sul na Batalha de Gettysburg, o presidente Abraham Lincoln torna o Dia Nacional de Ação de Graças um feriado oficial nos Estados Unidos, festejado naquele ano em 26 de novembro.

A data é celebrada na quarta quinta-feira de novembro. É um dos principais feriados do país. Marca o início da temporada de compras para as festas de fim de ano. As famílias norte-americanas comemoram comendo peru.

A origem do Dia Nacional de Ação de Graças é uma festa feita pelos peregrinos do Mayflower em 1621, um ano depois de chegar por engano no que hoje é o estado de Massachusetts, onde enfrentam um inverno rigoroso, mas conseguem uma boa colheita. Participam 53 colonos e 90 índios da tribo wampanoang.

INDEPENDÊNCIA DO IRAQUE

    Em 1932, o Iraque entra na Liga das Nações e termina o mandato do Reino Unido para administrar o país depois de séculos de domínio do Império Otomano (turco) e 17 anos de controle britânico.

Na Primeira Guerra Mundial (1914-18), o Reino Unido apoia a Revolta Árabe (1916-18) e liberta a Arábia do domínio otomano. Em 1920, recebe um mandato da Liga das Nações para administrar o Iraque.

O país é criado artificialmente pelo então subsecretário de Estado britânico para o Oriente Médio, Winston Churchill. Ele quer um Iraque suficientemente forte para conter o Irã. Para isso, une as províncias árabes de Bagdá e Bássora à província curda de Kirkuk, rica em petróleo, enterrando a proposta de fundar um Curdistão independente.

 ITÁLIA FASCISTA INVADE ETIÓPIA

    Em 1935, o Exército da Itália invade a Etiópia por ordem do ditador fascista Benito Mussolini, que sonha em criar um "novo Império Romano" para libertar o país da "prisão do Mar Mediterrâneo", mas tem pouco a apresentar nos primeiros 13 anos de governo.

Na época, a Itália é um dos poucos países independentes na África, quase toda dominada pelo imperialismo europeu. Um incidente na fronteira com a Somália, colonizada, serve de pretexto para a invasão fascista.

Sem uma declaração de guerra, sob o comando de Emilio de Bono, depois substituído pelos generais Rodolfo Graziani e Pietro Badoglio, um exército de 200 mil italianos enfrenta uma resistência feroz e precisa de armas químicas para vencer o fraco, mal treinado e mal equipado Exército da Etiópia. A Itália obtém uma vitória decisiva no Lago Achangui, em 9 de abril de 1936 e toma Adis Abeba em 5 de maio.

Hailé Salassié foge para o exílio e viaja pelo mundo pedindo apoio à independência de seu país. Vira um herói africano cultuado, por exemplo, pelos rastafarianos da Jamaica, apesar de ser um ditador cruel e sanguinário. Sua pregação inspira movimentos nacionalistas que lutam pela independência da África depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

A pedido da Etiópia, a Liga das Nações condena a invasão e aprova sanções contra a Itália que se mostram totalmente inócuas por não incluir um embargo ao petróleo, que paralisaria as Forças Armadas fascistas. O Reino Unido e a França temiam jogar a Itália nos braços do ditador nazista Adolf Hitler, mas a aliança nazifascista era inevitável e seria sacramentada com a guerra.

A conquista da Etiópia pela itália, as invasões da Manchúria e da China pelo Japão e a anexação da Áustria e da Tcheco-Eslováquia pela Alemanha Nazista são exemplos do fracasso da Liga, de como não consegue evitar a Segunda Guerra Mundial.

Em 10 de junho de 1940, depois da invasão da Alemanha Nazista à França, a Itália declara guerra à França e o Reino Unido. Em 20 de janeiro de 1941, durante a guerra, forças britânicas e etíopes invadem na Etiópia. Em 5 de maio, o imperador entra em Adis Abeba. Num desafio às autoridades britânicas, logo reconstitui seu governo.

IRA ENCERRA GREVE DE FOME

    Em 1981, depois de sete meses e dez mortes, milicianos do Exército Republicano Irlandês (IRA), que luta contra o domínio britânico sobre a Irlanda do Norte, encerram uma greve de fome na prisão Maze, em Belfast.

O primeiro a morrer é Bobby Sands, deputado eleito para a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico quando está preso, que inicia o protesto em 1º de março por estar no isolamento numa prisão de segurança máxima. 

Antes, os presos do IRA podiam usar roupas civis, tinham liberdade de movimento dentro da cadeia como prisioneiros de guerra. A partir de 1976, são considerados prisioneiros comuns.

Sands só toma água e sal. Perde mais de 27 quilos até morrer, em 5 de maio, como um dos mártires da luta dos republicanos, católicos e nacionalistas irlandeses pela unificação da Irlanda.

A greve continua. Mais nove militantes do IRA morrem. Depois do fim da greve, o governo Margaret Thatcher (1979-90) cede às reivindicações dos prisioneiros e autoriza o uso de trajes civis, a receber cartas e visitas.

REUNIFICAÇÃO DA ALEMANHA

    Em 1990, depois de 45 anos de ocupação e divisão do país no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental se fundem para reunificar a Alemanha.

No fim da guerra, a União Soviética toma Berlim e ocupa o lado leste da Alemanha, enquanto os aliados (EUA, França e Reino Unido) ocupam o lado oeste. A divisão do país é sacramentada em 1949 com a fundação da República Federal da Alemanha, a Alemanha Ocidental, capitalista, e a República Democrática da Alemanha, a Alemanha Oriental, comunista. 

Berlim é dividida entre Berlim Ocidental, um enclave capitalista e liberal-democrática na Alemanha Oriental, e Berlim Oriental, capital do país comunista.

Durante a Guerra Fria, a Alemanha dividida fica na linha de frente do conflito Leste-Oeste. Para conter a fuga em massa dos alemães-orientais do lado oriental, o regime comunista ergue em 13 de agosto de 1961 o Muro de Berlim.

Com a abertura democrática promovida a partir de 1985 pelo líder soviético Mikhail Gorbachev e o degelo na Guerra Fria, o Muro de Berlim é aberto em 9 de novembro de 1989, e o caminho está livre para a reunificação da Alemanha.

O. J. SIMPSON ABSOLVIDO

    Em 1995, num julgamento midiático transmitido ao vivo pela televisão, o ex-jogador de futebol norte-americano Orenthal James Simpson é absolvido do duplo assassinato de sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e seu namorado Ronald Goldman.


A principal prova do crime é uma luva ensanguentada encontrada diante da casa de O. J., igual a outra recolhida na cena do crime. O problema para a acusação é que a luva é achada pelo policial Mark Fuhrman, que havia feito declarações racistas. Com base neste argumento, usando a carta racial, O. J. não é condenado, mas a opinião pública está convencida da sua culpa.

Simpson é considerado culpado num processo civil e condenado a pagar uma indenização de US$ 33,5 milhões para as famílias das vítimas.

O ex-jogador volta a ter problemas com a polícia ao invadir armado um quarto de hotel de Las Vegas a pretexto de recuperar artigos de sua carreira esportiva que alega terem sido roubados.
 
Em 3 de outubro de 2008, Simpson é condenado por 12 acusações, inclusive sequestro e assalto à mão armada, e sentenciado a 33 anos de prisão. Ele sai da cadeia em 1º de outubro de 2017 em liberdade condicional.

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