VITÓRIA DECISIVA PELA INDEPENDÊNCIA
Em 1781, com a rendição do general Lorde Cornwallis e 8 mil soldados do Império Britânico, as forças dos Estados Unidos, apoiadas pela França, obtêm na Batalha de Yorktown, na Virgínia, uma vitória decisiva na Guerra da Independência (1775-83).
Depois de invadir sem sucesso a Carolina do Norte, Cornwallis leva suas tropas para o litoral da Virgínia. Washington pede, então, ao Marquês de Lafayette, um dos generais enviados pela França para apoiar a rebelião dos colonos norte-americanos, para bloquear a fuga de Yorktown por terra. Lafayette comanda 5 mil soldados americanos.
Com os 2,5 mil homens em armas que Washington tem em Nova York, um exército de 4 mil franceses sob o comando do Conde de Rochambeau e uma grande esquadra francesa chefiada pelo Conde de Grasse, eles planejam atacar as forças britânicas.
Em 21 de agosto, as tropas de Washington e Rochambeau cruzam o Rio Hudson rumo a Yorktown. Avançam mais de 300 quilômetros em 15 dias e chegam à Baía de Chesapeake, perto de onde fica hoje a capital dos EUA, no início de setembro.
Como a esquadra britânica sob o comando do almirante Thomas Graves perde a Batalha de Chesapeake em 5 de setembro, Cornwallis fica sem reforços.
A partir de 14 de setembro, a frota de De Grasse transporta os soldados de Washington e Rochambeau para a Virgínia através da Baía de Chesapeake, onde se encontram com as tropas de Lafayette e fecham o cerco ao redor de Yorktown.
Os 14 mil homens da força franco-norte-americana atacam as posições britânicas com o apoio da frota de De Grasse. Em 19 de outubro, Cornwallis se rende com seus 7.087 soldados, 900 marinheiros, 114 canhões, 15 galeões, uma fragata e 30 navios de transporte.
É a última grande batalha da Guerra da Independência. As negociações de paz começam no início de 1782. Em 3 de setembro de 1786, no Tratado de Paris, a França e o Reino Unido reconhecem a independência dos EUA.
JEFFERSON ACUSADO DE CASO COM ESCRAVA
Em 1796, um artigo publicado no jornal Gazette of the United States, escrito pelo ex-secretário do Tesouro Alexander Hamilton sob o pseudônimo de Phocion, acusa Thomas Jefferson, candidato à Presidência dos Estados Unidos, de manter relações íntimas com uma escrava.
Jefferson disputa a Casa Branca com o vice-presidente John Adams. Hamilton, um dos líderes do movimento federalista, apoia Adams. Com o pseudônimo, escreve 25 artigos contra Jefferson de 15 de outubro a 24 de novembro.
Adams vence em 1796, mas perde a reeleição para Jefferson em 1800.
No ano 2000, a Fundação Thomas Jefferson revelou que testes de DNA comprovaram que ele era pai de Eston e provavelmente de outros filhos de Sally. Ele é um dos alvos da cultura do cancelamento.
NAPOLEÃO SE RETIRA DE MOSCOU
Em 1812, exausto e faminto, o Grande Exército de Napoleão Bonaparte deixa Moscou e bate em retirada depois de ficar 36 dias na maior cidade da Rússia, evacuada e incendiada pelos russos para negar a vitória aos franceses.
Borodino é a mais sangrenta batalha da campanha da Rússia, com pelo menos 30 mil baixas do lado francês e 40 mil do russo. A França vence com grandes perdas. Napoleão perde a oportunidade de perseguir e destruir o Exército da Rússia, que recua e evita novo confronto direto deixando de defender Moscou.
Os russos fogem e incendeiam a cidade, que arde durante seis dias e deixa os franceses sem abrigo nem suprimentos. Depois de um mês esperando a rendição do czar, que não acontece, diante da primeira nevada do inverno russo, a França se retira, agora com 110 mil soldados, e é atacada por cossacos na retirada e por uma tempestade de neve em 6 de novembro.
O General Inverno é impiedoso. Em 12 de novembro, o Grande Exército está reduzido a 55 mil homens e enfrenta geadas e degelos na fuga.
BOLSA DE NY SOFRE MAIOR QUEDA
Em 1987, na Segunda-Feira Negra, por uma conjunção de fatores negativos, a Bolsa de Valores de Nova York sofre sua maior queda percentual num dia, com baixa de 22,6% ou 508 pontos no Índice Dow Jones.
O mercado financeiro vive a euforia do neoliberalismo econômico do governo Ronald Reagan (1981-89). Em 1987, depois de cinco anos, há sinais de que o ciclo de alta está no fim. O governo anuncia um aumento do déficit comercial, deflagrando uma queda do dólar. E o Congresso examina tapar furos na lei sobre fusão de empresas para cobrar mais impostos.
No plano internacional, o Irã ataca dois navios petroleiros perto da costa do Kuwait e uma tempestade no Reino Unido obriga o mercado a fechar antes da hora na sexta-feira, último dia útil antes do crash.
Apesar do medo de uma nova Grande Depressão, como ocorreu depois do colapso da bolsa em 1929, o governo toma medidas para "corrigir as falhas do mercado" e o preço das ações volta a subir, mas não resolve o problema central da falta de regulamentação, que levaria ao colapso do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, e à Grande Recessão (2008-9), quando o centro financeiro de Wall Street quase faliu o mundo.
QUATRO DE GUILFORD ABSOLVIDOS
Em 1989, depois de quase 15 anos de prisão, quatro condenados pelos atentados cometidos pelo Exército Republicano Irlandês (IRA) em 1975 contra pubs em Guilford e Woolwich, na Inglaterra, são declarados inocentes pela Justiça do Reino Unido.
Gerry Conlon e Paul Hill, dois moradores da Irlanda do Norte com pequenos delitos na ficha criminal que estão na área, são detidos como suspeitos. Com base na nova Lei de Prevenção do Terrorismo, podem ficar presos e ser interrogados por até cinco dias sem que haja fortes indícios.
Neste período, a polícia forja provas de que seriam ligados ao IRA, que luta contra o domínio britânico sobre a Irlanda do Norte, e implica amigos e parentes dos dois. Sob tortura física e psicológica, eles assinam confissões dos crimes que não cometeram.
Quatro - Gerry Conlon, Paul Hill, Paddy Armstrong e Carole Richardson - são sentenciados à prisão perpétua. Outros pegam penas menores.
Diante da pressão popular e depois da confissão de um guerrilheiro do IRA, em 1989, finalmente, os processos são anulados.
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