quarta-feira, 7 de abril de 2010

Oposição anuncia tomada do poder no Quirguistão

A oposição declarou ter assumido o controle do casamento depois de um dia de conflitos violentos polícia da ex-república soviética do Quirguistão atirou contra uma multidão de manifestantes que protestavam contra a situação econômica do país, a pobreza, o desemprego e a corrupção.

O líder da oposição, Temir Sariev, disse à agência de notícias russa RIA que o presidente Kurmanbek Bakiev renunciou. Vários líderes oposicionistas foram à televisão estatal declarar que estavam formando um novo governo.

Pelo menos 47 pessoas morreram, inclusive o ministro do Interior, e outras 400 saíram feridas. Bakiev, que chegou ao poder há cinco anos depois da Revolução de Tulipa, fugiu da capital. Estaria no Sul do país.

O Quirguistão é uma ex-república soviética da Ásia Central. Faz fronteira com a ex-república soviética do Casaquistão, a China, e as ex-repúblicas soviéticas do Tajiquistão e o Usbequistão.

A revolta começou ontem, com a ocupação da sede do governo regional na cidade de Talas. Hoje, os manifestantes se concentraram na principal praça de Bichkek, a capital quirguiz, onde tocaram fogo na sede da Procuradoria-Geral da República.

Em fúria, a população atacou os policiais, tocou fogo em viaturas, tomou caminhões e tanques do Exército, invadiu a televisão estatal, o Parlamento, a sede do governo, a chamada Casa Branca de Bichkek, numa verdadeira revolução.

Quando a polícia de choque chegou, foi recebida com uma chuva de pedras. Foi obrigada a recuar e se reagrupar. Contra-atacou, primeiro com gás lacrimogênio. Em seguida, disparou contra a multidão. Entre os manifestantes, apareceram rebeldes armados.

O Quiguistão é o único país do mundo com bases militares dos Estados Unidos e da Rússia. Para os EUA, é uma forma de abastecer as tropas americanas no Afeganistão. A Rússia vê o país como parte de sua área de influência.

Com a crise econômica mundial, mais de metade da população quirguiz vive na miséria.

Em Moscou, o primeiro-ministro Vladimir Putin nega qualquer participação da Rússia na mais recente revolução na extinta União Soviética.

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