quarta-feira, 20 de maio de 2020

Total de casos confirmados da pandemia passa de 5 milhões

A pandemia do novo coronavírus passa 5 milhões de casos confirmados e Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que hoje foi o dia com maior número de novos casos, 106 mil. O total de mortes no mundo passa de 329 mil. Mais de 2 milhões de pacientes foram curados. 

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados, mais de 1,591 milhão, e quase 95 mil mortes. 

Com a disseminação do vírus no Hemisfério Sul, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Robert Redfield, alertou para o risco de uma nova onda de contaminação durante o inverno no Hemisfério Norte. Insatisfeiro, o presidente Donald Trump pode demitir seu diretor. 

O CDC estabeleceu critérios para a retomada das atividades econômicas: testagem em massa, redução consistente do número de novos casos durante duas semanas, o período de incubação da doença, e disponibilidade de leitos em unidades de terapia intensiva. 

Se houver um aumento da contaminação, e os padrões seriam rígidos, as medidas de isolamento seriam reimpostas para mitigar os efeitos da pandemia. Esta estratégia seria necessária enquanto não houver uma vacina capaz de neutralizar o novo coronavírus. 

Na primeira fase da abertura, as escolas e as creches também não funcionariam, a não ser para receber filhos de profissionais da saúde que estão na linha de frente de combate ao vírus. 

Os bares também não abririam. Os restaurantes poderiam funcionar com serviços de entrega ou retirada das refeições pelos clientes.

Isto não agrada ao presidente Trump, que, como o presidente Jair Bolsonaro, está mais preocupado com o impacto da crise econômica sobre sua reeleição.

O Brasil tem mais 19 mil casos novos e 888 mortes registradas em 24 horas. Já são mais de 291 mil casos confirmados e pelo menos 18.859 mortes. 

Contrariando algumas das mais importantes revistas médicas do mundo, sob pressão do presidente Bolsonaro, o Ministério da Saúde autorizou o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina nas fases iniciais da doença. 

Como dizia o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, em 85 por cento dos casos, a covid-19 não exige internação. Então, não faz sentido usar um remédio com fortes efeitos colaterais sobre o fígado, o coração e os rins, podendo causar cegueira e até a morte. 

A cloroquina já estava indicada como tratamento experimental em casos graves, em que pacientes internados não reagem a outros tratamentos, com o consentimento do próprio doente ou da família.

Um comentário:

Unknown disse...

Nelson, poderias enviar uma análise para o Clube Rheuma, com aspectos do nacionalismo que se acentua com a pandemia? Há reflexos da perda progressiva dos retrocessos na globalização para a saúde? Quais? Temos exemplos deste tipo de movimento nas pandemias do passado?