sábado, 18 de abril de 2020

Trump e Bolsonaro pregam desobediência civil contra confinamento

Enquanto o presidente Donald Trump defende a revolta de seus partidários nos Estados Unidos contra governadores do Partido Democrata que defendem o isolamento físico para combater a pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro fez hoje uma transmissão ao vivo para atacar prefeitos, governadores e o Supremo Tribunal Federal por serem contra a reabertura do comércio.

No mundo inteiro, o total de casos confirmados chegou a 2.331.956 casos confirmados, 160.767 mortes e 597.217 pacientes curados, letalidade de 6,9%. Dos casos encerrados, 79% dos doentes se recuperaram e 21% morreram.

Os EUA têm 738.913 casos confirmados e 39.015 mortes, mais do que o total de americanos mortos na Guerra da Coreia (1950-53), que foram 33.686. A mortalidade está em 5,28%. Desde ontem, no Twitter, Trump prega a revolta contra os governadores democratas de Minnesota, Michigan e Virgínia.

Depois de declarar no início da semana que tinha "todos os poderes" para decidir sobre a quarentena, Trump reconheceu que a competência é de estados e municípios. Na quinta-feira, o presidente americano apresentou um plano de três fases com as linhas gerais para a retomada da atividade econômica, que gostaria que aconteça em 1º de maio.

A maioria dos governadores reluta alegando que para isso seria necessário testar em massa para mapear a disseminação do vírus. Sem grande chance de sucesso pelas vias institucionais, Trump agora defende a desobediência civil.

Aqui no Brasil, já 36.925 casos confirmados e 2.372 mortes. Depois de demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, trocando-o por Nelson Teich, um cancerologista dedicado à medicina privada sem experiência em epidemiologia nem em saúde pública, Bolsonaro passou a atacar o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e o STF, que estariam envolvidos numa conspiração para derrubá-lo.

Na Europa, o total de mortes na Espanha passou de 20 mil e está em 20.639 em 194.416 casos confirmados, mortalidade de 10,61%. A Itália tem menos casos registrados, 175.925, mas mais mortes, 23.227, letalidade de 13,2%.

A França ultrapassou 19 mil chegou a 19.323 mortes em 151.793 casos registrados, mortalidade de 12,73%, mas o número de hospitalizações caiu pelo quarto dia seguido e o de pacientes em terapia intensiva diminui há seis dias.

No Reino Unido, o total de mortes passou de 15 mil, chegando a 15.464 em 114.217 casos confirmados, letalidade de 13,54%, a maior do mundo.

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