O total de casos do pandemia do novo coronavírus chegou hoje a 1.274.923, com 69.479 mortes e 260.484 pacientes curados, letalidade de 5,45%. O número de mortos na Espanha caiu pelo terceiro dia seguido, dando a esperança que a pandemia tenha atingido o pico no país.
A Itália, a Espanha e a França já pensam em como sair do confinamento. Os economistas estimam que a queda no produto mundial bruto no primeiro trimestre seja de 20 por cento na taxa anualizada e que a recuperação será lenta.
A economia mundial parou de repente: primeiro, a China, depois a Europa e os Estados Unidos, as três grandes potências econômicas mundiais. A queda deve ser três vezes maior do que no pior momento de Grande Recessão de 2007 a 2009. Mas a volta não será rápida.
Sem vacina nem tratamento de sucesso comprovado, a saída do confinamento terá de ser extremamente cautelosa para evitar que todo o atual sacrifício não seja em vão. O Dr. Anthony Fauci, principalmente epidemiologista da força-tarefa da Casa Branca, acredita que só será possível quando houve uma capacidade de testagem que permita rastrear os casos, isolar os contaminados e examinar todos os que tiveram contato com eles.
Nos EUA, o banco Goldman Sachs espera um recuo do produto interno bruto de 11% a 12% em relação a período anterior à pandemia. A taxa anualizada seria de 34%. A maior economia do mundo só voltaria ao nível pré-crise no fim de 2021. Seriam dois anos perdidos.
A Europa deve seguir o mesmo padrão. A queda na produção industrial já supera a da Crise do Euro de 2012. Na China, a economia subiu em ritmo de 4,6 por cento ao ano em março depois de uma queda de 2% ao ano em fevereiro. Mas as exportações chinesas dependem da recuperação de outros países.
Para a maioria dos analistas, a recuperação deve ganhar força no terceiro trimestre do ano. Eles acreditam que não haverá grandes danos à capacidade produtiva nem desemprego em massa se os governos ajudarem as empresas e seus empregados.
Mas, se a recuperação for longa, até quando será possível manter o estímulo fiscal e monetário? Até quando haverá apoio político para sustentar as empresas. As enormes perdas nas bolsas de valores no mês passado indicam que os investidores veem um aumento no risco.
Depois de 10 dias com sintomas da covid-19, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi hospitalizado. O Reino Unido foi o segundo país em número de mortes neste domingo, 621, abaixo dos EUA. Com 48.440 casos e 4.934 mortes, a letalidade está em 10,2%.
Com mais 1.084 mortes hoje, o total de óbitos nos EUA chegou a 9.618. O número de casos é o maior do mundo, 337.620, com mortalidade de 2,85%. Desde ontem, a Espanha superou a Itália em número de casos, 131.646, mas ainda tem menos mortes, 12.641, com letalidade de 9,6%.
O maior número de mortes é da Itália, 15.887 em 128.948 casos, com mortalidade de 12,3%, a maior do mundo. A Alemanha passou hoje de 100 mil casos, chegando a 100.123, com 1.584 mortes, mortalidade de 1,58%.
Como a Itália e a Espanha, a França registrou mais de 500 mortes neste domingo, elevando o total de óbitos para 8.078 em 93.780 casos, letalidade de 8,6%.
Aqui no Brasil, são 11.281 casos registrados e 487 mortes, mortalidade de 4,3%. O presidente Jair Bolsonaro ameaçou mais uma vez demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende o isolamento físico para conter a propagação do vírus. Quer evitar assim que o número de casos graves supere a capacidade de atendimento do sistema de saúde.
Além do tratamento experimental com cloroquina, um remédio usado contra a malária apresentado como esperança pelos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, os médicos estão usando o plasma, a parte clara do sangue, de pacientes curados da covid-19 para tratar os doentes.
A ideia é deixar os anticorpos das pessoas curadas para atacar o coronavírus. Os estudos ainda são preliminares. Talvez o tratamento com plasma sanguíneo funcione, pelo menos em alguns casos.
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