domingo, 17 de dezembro de 2017

Piñera é eleito presidente do Chile pela segunda vez

O bilionário conservador Sebastián Piñera será presidente do Chile mais uma vez. Ele venceu hoje o jornalista, professor e senador Alejandro Guillier no segundo turno da eleição presidencial e voltará a governar a partir de março o país, que presidiu de 2010 a 2014, informou o jornal conservador chileno El Mercurio.

Mais uma vez, as pesquisas de opinião erraram. No primeiro turno, davam 45% a Piñera, que teve pouco menos de 37% e 10% a 15% à terceira colocada, Beatriz Sánchez, que teve 20%, dando uma esperança a Guillier, reforçada pelas pesquisas que apontavam vantagem de apenas 2% para Piñera, dentro da margem de erro.

Com 99% das urnas apuradas, Piñera lidera com 3.768.839 votos (54,57%), contra 3.137.712 (45,43%) de Guillier. A abstenção ficou em 51,33%. O candidato derrotado e a atual presidente, Michelle Bachelet, cumprimentaram o presidente eleito por seu "triunfo impecável e maciço".

Pela segunda vez, Bachelet, do Partido Socialista, membro da aliança que derrotou a ditadura militar do general Augusto Pinochet (1973-90) passará a faixa presidencial a Piñera. Eles se revezam no poder desde 2006.

Nesta eleição, pela primeira vez, a ampla aliança de mais de dez partidos que derrubou Pinochet, liderada por democratas-cristãos e socialistas, a Convergência Democrática, mais tarde rebatizada como Nova Maioria, se dividiu, permitindo uma segunda vitória democrática da direita, sempre com Piñera. O bilionário ganhou em 13 das 15 regiões do Chile; em dez, por mais de cinco pontos percentuais.

No discurso da vitória, o presidente eleito convocou à unidade para transformar o Chile num "país desenvolvido, sem abusos nem discriminações arbitrárias."

Com uma população de cerca de 18 milhões de habitantes e um produto interno bruto de US$ 247 bilhões, 27 anos depois do fim da ditadura, o Chile tem a terceira maior renda média por pessoa da América Latina (US$ 13.576). De acordo com os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) relativos ao ano passado, fica atrás apenas do Uruguai e do Panamá.

O Chile tem o menor índice de homicídios da América Latina, 3,1 mortes para cada 100 mil habitantes por ano, seguido por Cuba (4,2) e Argentina (5,5). Esses dados são de 2010, quando a taxa no Brasil era 25,2.

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