A economia dos Estados Unidos abriu 228 mil postos de trabalho a mais do que fechou em novembro, revelou ontem o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. O mercado de trabalho cresce sem parar há sete anos e dois meses, um recorde. O índice de desemprego ficou estável em 4,1%, a menor taxa desde 2000.
Dez anos depois do início da Grande Recessão, a maior economia do mundo dá sinais de vitalidade. A Bolsa de Valores de Nova York bate sucessivos recordes. A geração de empregos chegou ao pico em 2014, mas se mantém firme.
Uma ameaça é o corte de impostos de US$1,5 trilhão que o Congresso pode aprovar ainda este mês, capaz de aumentar a dívida em US$1 trilhão em dez anos. Ele deve produzir um estímulo inicial, mas aumentar o desequilíbrio fiscal e pressionar a inflação para cima.
"É um estímulo fiscal que vem numa hora muito ruim", declarou Joseph Song, economista do Bank of Americana. "Aumenta o risco de um ciclo de euforia e depressão."
O presidente Donald Trump não para de reivindicar a glória pelo desempenho da economia, mas os economistas lhe dão pouco crédito. A recuperação começou muito antes dele ser eleito, no governo Barack Obama, que Trump descreve como catastrófico, e não acelerou significativamente desde a posse.
Com mais um relatório de emprego positivo, é praticamente certo que o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, aumente sua taxa básica de juros na próxima quarta-feira em 0,25 ponto percentual, de uma faixa de 1%-1,25% para 1,25%-1,5%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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