domingo, 31 de dezembro de 2017

Doze manifestantes morreram em cinco dias de protestos no Irã

Pelo menos 12 manifestantes foram mortos em cinco dias seguidos de protestos na República Islâmica do Irã contra a ditadura teocrática dos aiatolás. As mortes foram atribuídas a "agentes estrangeiros" muçulmanos sunitas, o que remete ao conflito com a Arábia Saudita. Dez pessoas morreram da noite deste domingo.

Hoje, o presidente Hassan Rouhani, considerado um aiatolá moderado dentro do regime iraniano, se pronunciou pela primeira vez. Ele defendeu o direito de se manifestar pacificamente e criticou a violência, inclusive da polícia. Mas a linha dura não parece disposta a tolerar qualquer critica ao regime.

Apesar das advertências do governo, do bloqueio à Internet e ao aplicativo Telegram, que está sendo usado na mobilização para os protestos, os manifestantes protestaram pelo quinto dia consecutivo. A onda de protestos se espalhou por várias cidades, superando o Movimento Verde, que lutou contra a fraude contra o candidato Mir Hussein Mussavi.

Agora, não se trata apenas de eleger um candidato. As palavras de ordem nas ruas são "Morte ao ditador!" e "Fora, Khameni", o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica. O ditador personifica o regime e é o principal alvo dos protestos. Os manifestantes também pedem o fim do financiamento ao terrorismo.

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