Depois de três anos e meio, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou hoje em Bagdá o fim da guerra contra a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que chegou a dominar Mossul, a segunda maior cidade do país.
"Nossas forças controlam completamente a fronteira sírio-iraquiana, e eu anuncio o fim da guerra contra Daech", declarou Abadi, usando o nome derrogatório para o grupo extremista muçulmano. "Nosso inimigo queria matar nossa civilização, mas ganhamos, graças à nossa unidade e nossa determinação."
Durante a ofensiva de 2014, o Estado Islâmico chegou a controlar cerca de um terço do território iraquiano. Junto com os territórios ocupados na Síria, o Califado proclamado em junho daquele ano cobria uma área do tamanho da Grã-Bretanha com 8 a 10 milhões de habitantes.
Com a reconquista de Mossul, em julho de 2017, o braço iraquiano do Estado Islâmico começou a ser decepado. Em 22 de novembro, as forças iraquianas lançaram a última operação contra o grupo jihadista no deserto junto à fronteira com a Síria.
Apesar do anúncio, o Exército do Iraque ainda faz operações de busca no deserto atrás dos últimos esconderijos dos jihadistas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, e professor de pós-graduação nas Faculdades Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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