Em um discurso de duas horas, no fim da sessão da Assembleia Nacional de Cuba, o presidente Raúl Castro prometeu ontem abertura econômica sem abrir mão do regime socialista.
"Temos o dever de corrigir os erros que cometemos em cinco décadas de construção do socialismo", declarou o ditador, irmão de Fidel Castro.
Depois de afirmar que não foi eleito para "restaurar o capitalismo em Cuba", Raúl admitiu que "foi um erro estatizar toda a economia". Tem razão: eleito ele não foi. Mas, ao permitir a criação de pequenas empresas, plantou, ainda que contra sua vontade, a semente do capitalismo.
O objetivo é fazer uma reforma econômica no modelo da China e do Vietnã, sem qualquer reforma democrática. Esses dois países não são democráticos, mas têm economias cada vez mais capitalistas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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