Depois de pagar 240 mil libras, cerca de R$ 640 mil, de fiança, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi solto na tarde de hoje. Ele deve voltar ao tribunal para a primeira audiência do processo de extradição para a Suécia, em 11 de janeiro.
"É bom respirar o ar puro de Londres de novo", declarou o hacker anarquista ao deixar o tribunal ao lado de seus advogados. Em entrevista à BBC, Assange reafirmou sua inocência diante das acusações de crimes sexuais na Suécia e insistiu que só um procurador está insistindo em processá-lo.
Seu passaporte não foi devolvido. Assange terá de usar uma pulseira eletrônica para ser localizado a qualquer momento. Terá de ficar em casa de 22h às 2h e de se apresentar diariamente à polícia.
O Departamento da Justiça dos Estados Unidos procura indícios para processar Assange por cumplicidade na obtenção de mais de 250 mil documentos sigilosos da diplomacia americana vazados pela organização não governamental WikiLeaks. A simples divulgação está protegida pela Constituição dos EUA, que garante total liberdade de imprensa.
Há precedentes, como a divulgação de documentos secretos do Departamento da Defesa pelo jornal The New York Times durante a Guerra do Vietnã. Um diretor do jornal declarou hoje que "Assange é fonte, não é associado".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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