O setor de transportes ameaçou parar na Bolívia ontem, depois que o governo autorizou, no fim de semana, um aumento de 22% a 99% nos preços dos combustíveis para cortar subsídios que a situação financeira do país não permite mais suportar.
Quem fez o anúncio no Palácio Queimado foi o vice-presidente Álvaro García Linera, que exerce temporariamente a presidência.
García Linera explicou que há cinco anos o governo mantinha congelado em US$ 27,11 o preço que paga pelo barril de petróleo às companhias produtoras. Como o barril já passa dos US$ 90, não havia estímulo à produção.
A Bolívia estava sendo obrigada a importar gasolina e óleo diesel pelos preços do mercado internacional. Isso custou ao país US$ 380 milhões, acrescentou o vice-presidente.
O setor de transportes protesta e ameaçar parar. Para o presidente do Sindicato dos Motoristas, Franklin Durán, todos vão sentir, mas a maior ameaça é aos autônomos.
Na opinião do economista Bernardo Prado, especialista no setor de energia, o governo analisou o impacto do aumento sobre o custo de vida e os setores indústrias que consomem óleo diesel e óleo combustível. Mas não tinha saída.
Prado considera inevitável uma forte pressão sobre os preços porque o custo do transporte vai subir para todos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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