Sob o argumento de que Julian Assange pode fugir, a Suécia conseguiu evitar o fundador da organização não governamental WikiLeaks fosse libertado sob fiança pela Justiça do Reino Unido. Ele fica preso pelo menos mais 48 horas, até o julgamento do recurso sueco.
Assange, de 39 anos, se entregou à polícia britânica, a Scotland Yard, há uma semana. Ele é acusado por duas mulheres de ter cometido crimes sexuais na Suécia e vai enfrentar um processo de extradição.
Antes de chegar ao tribunal hoje em Londres, Assange mandou um recado através da mãe, criticando as empresas financeiras Mastercard, Visa e PayPal, que fecharam as contas pelas quais o WikiLeaks recebia dinheiro.
No tribunal, Assange e seus advogados pediram que ele seja solto mediante fiança. O juiz concordou, mas impôs condições rigorosas.
A fiança de 240 mil libras, mais de R$ 640 mil, precisa ser paga em dinheiro vivo. Ele terá de usar uma pulseira eletrônica para ser encontrado a qualquer momento. Terá de cumprir toque de recolher noturno das 22h às 2h e de se apresentar diariamente à polícia no fim da tarde. Seu passaporte não será devolvido.
Do lado de fora do Fórum Real de Westminster, aliados de Assange, como a ativista Bianca Jagger, o cineasta Ken Loach, o jornalista John Pilger e a socialite Jemima Khan começaram a arrecadar dinheiro para pagar a fiança.
Sua libertação depende agora da decisão judicial sobre o recurso da Suécia, em 48 horas.
O julgamento do pedido de extradição para a Suécia deve ser julgado em oito a dez semanas. Se forem usados todos os recursos até o Supremo Tribunal, pode se estender por um ano A próxima audiência deste processo foi marcada para 11 de janeiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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