Um novo escândalo atinge a indústria chinesa. Cinco fábricas foram fechadas e seis pessoas presas por falsificar vinhos, que eram feitos até mesmo com água, produtos químicos e aditivos.
Com o crescimento extraordinário do país e a prosperidade da classe média, o vinho é cada vez mais popular na China. Marcas chinesas como Great Wall e Dinasty estão nos supermercados e lojas especializadas ao lado de vinhos importados da França e de outros produtores tradicionais.
Especialistas como o sommelier francês Bruno Paumard foram contratados para avaliar a qualidade dos vinhos chineses. Ele comentou que a cópia é uma prática generalizada na industrialização chinesa.
Em todos os setores, quando se entra numa loja na China, é comum o vendedor perguntar se o comprador quer "original ou cópia?"
Como a imensa maioria dos chineses não entende de vinhos, os falsários descobriram que fazer vinhos fajutos pode render um bom dinheiro.
No distrito de Changli, na província de Hebei, a principal região vinícola da China, alguns vinhos só tinham 20% de suco de uva fermentado e outros, nem isso.
Enquanto os consumidores mais exigentes só compram em supermercados e lojas especializadas, a estudante Lin Yuchen observou que é responsabilidade do governo fiscalizar a qualidade dos produtos industriais de todos os setores.
Em 2009, a China se tornou o quinto maior mercado vinícola do mundo e o maior importador de vinhos Bordeaux de fora da União Europeia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário