Na concorrência para reequipar a Força Aérea Brasileira, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, prefere os aviões de caça F-18, fabricado pelos Estados Unidos, revelam novos documentos de diplomacia americana divulgados pela organização não governamental WikiLeaks.
O governo Lula ainda não fez o anúncio oficial, mas tudo indica que vai optar pelos caças franceses Rafale, fabricados pela empresa Dassault, que ameaça falir se não fechar o negócio.
Para justificar essa decisão mais provável, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, alega que o Brasil está interessado em transferência de tecnologia, o que os EUA sempre relutam em fazer para não perder sua superioridade. Mas há também a preocupação de selar uma parceria estratégica com a França.
A França e a União Europeia têm interesse em colaborar com a ascensão do Brasil à potência mundial para usar o país como um contrapeso diante dos EUA e da China.
O Brasil tem interesse em manter boas relações e parcerias com todos os países e regiões. Mas a França, antiga potência imperial, é um país em declínio relativo, econômico, político e militar. Com seu poderoso setor agrícola ultraprotegido pela política de subsídios da Europa, não ajuda nas negociações de liberalização comercial UE-Mercosul.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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