sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

STF dá 48 horas para governo definir como vacinar crianças

 O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas ao governo federal para esclarecer como vai incluir as crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Imunização contra a doença do coronavírus de 2019 antes do reinício das aulas, agora que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina de Pfizer-BioNTech nesta faixa etária.

A Anvisa reagiu duramente à ameaça do presidente Jair Bolsonaro de divulgar os nomes do corpo técnico do órgão regulador que aprovaram a vacinação de crianças. A Univisa, a associação dos funcionários da agência descreveram a fala do presidente nas redes sociais como uma "incitação dos cidadãos, método abertamente fascista cujos resultados podem ser trágicos e violentos."

Os técnicos da agência passaram a sofrer ameaças de mortes. Acusam Bolsonaro de "ativismo político violento".

Em nota, a Anvisa "repudia qualquer ameaça, explícita ou velada, que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a vida dos cidadãos."

Sem dados de cinco estados por causa de um ataque cibernético ao Ministério da Saúde,  Brasil notificou mais 126 mortes e 4.222 casos novos de covid-19. Cinco estados - Acre, Amapá, Ceará, Roraima e Sergipe - não registraram morte.

O Brasil soma agora 22.207.358 casos confirmados e 617.647 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 33% em duas semanas para 131. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 60% em duas semanas para 3.505. Ambas apresentam forte tendência de baixa.

Com a variante ômicron e o surto da gripe causada pelo vírus H3N2, os infectologistas aconselham que as festas de fim de ano sejam feitas em grupos pequenos e locais arejados, com distanciamento e uso de máscaras, a serem removidas apenas na hora de comer e de beber.

No mundo, já são 273.668.314 casos confirmados e 5.344.177 mortes na pandemia. Mais de 245,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 22,8 milhões enfrentam casos leves ou médios e 89.133 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 170.678 casos e 2.099 mortes nesta sexta-feira. A média diária de casos novos dos últimos sete dias cresceu 20% em duas semanas para 125.480. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu 15% em duas semanas para 1.291. O país tem o maior número de casos confirmados (50.706.733) e de mortes (802.823).

Mais de 8,63 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de 4,46 bilhões de pessoas,  57,17% da população mundial, tomaram ao menos uma dose de vacina, mas só 7,6% nos países pobres. Cerca de 48% da humanidade completaram a vacinação.

A China lidera a imunização com mais de 2,65 bilhões de doses aplicadas, seguida pela Índia (1,36 bilhão) e a União Europeia. Nos EUA, 240,8 milhões tomaram a primeira dose, 203,5 milhões (61,11% da população norte-americana) completaram a vacinação e 59,4 milhões receberam a dose de reforço.

O Brasil deu a primeira dose a 160,55 milhões de pessoas, mais de 141,3 milhões (66,25% da população brasileira) e 22,6 milhões tomaram a dose de reforço, num total de quase 324,5 milhões de doses aplicadas.

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