Quase dois anos depois do golpe que derrubou o presidente José Manuel Zelaya, a Organização dos Estados Unidos aprovou hoje a reintegração de Honduras. Só o Equador votou contra, em protesto porque os responsáveis pelo golpe não serão processados.
Honduras volta à organização regional por causa do Acordo de Cartagena, na Colômbia, que anistiou Zelaya e permitiu sua volta ao país.
A reunião teve um atraso de duas horas, atribuído a manobras da Venezuela para tentar incriminar os golpistas. Prevaleceu o projeto de resolução proposto pelo Brasil e outros países, que aceita na prática uma anistia para todos numa tentativa de virar a página do golpe.
O Equador foi o único país que defendeu publicamente o julgamento dos golpistas: "Antes da reintegração, cabe perguntar como está a situação dos direitos humanos e da impunidade dos executores do golpe", protestou a embaixadora equatoriana na OEA, Maria Isabel Salvador. "Democracia, estado de direito e devido processo não podem ser apenas palavras. Por isso, não podemos concordar com os demais países-membros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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