quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sarah Palin nega responsabilidade por matança

A ex-candidata a vice-presidente dos Estados Unidos e ex-governadora Sarah Palin divulgou mensagem gravada hoje acusando a mídia de transformar os "crimes cometidos por um desequilibrado mental" no último sábado em Tucson, a capital do estado do Arizona, numa acusação contra a direita radical.

Na campanha eleitoral do ano passado, seu sítio de Internet colocou a vaga da deputada democrata Gabrielle Giffords, baleada na cabeça, sob a mira de um revólver. Palin alegou que o debate acalorado faz parte da democracia americana, mas "um dia depois das eleições todos se cumprimentam e todos voltamos a trabalhar juntos".

Numa gravação de oito minutos em postura defensiva, Palin usou a expressão "libelo de sangue", usada na perseguição aos judeus na Europa durante a Idade Média, quando os judeus eram acusados de sacrificar crianças cristãs para usar o sangue em rituais macabros.

Mais uma vez, a ex-governadora e aspirante à Casa Branca passou dos limites.

A demonização do presidente Barack Obama, descrito até como um "anti-Cristo", as denúncias contra a "tirania de Washington" e contra a máquina Estado, que salvou o país da crise, são comuns nos discursos da direita mais reacionária, do movimento radical Festa do Chá, acusado de inflamar o ambiente político.

O país tem uma longa história de violência política, com assassinatos e tentativas de assassinato de presidentes. Não é de hoje. Mas, desde a eleição de um negro para a Casa Branca, em 2008, o debate esquentou ainda mais.

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