Depois da Coreia do Norte propor o fim da confrontação e a desnuclearização da Península Coreana, hoje foi a vez do presidente da Coreia do Sul, Lee Myung Bak, baixar o tom da confrontação entre os últimos inimigos ainda não reconciliados da Guerra Fria.
O clima estava ruim desde que um navio de guerra do Sul foi torpedeado pelo Norte, em 26 de março de 2010. Esquentou ainda mais quando o regime comunista norte-coreano bombardeou uma ilha, matando quatro sul-coreanos, em 23 de novembro de 2010.
Hoje, em discurso em Seul, a capital sul-coreana, o presidente Lee advertiu que não vai mais aceitar provocações e ameaças contra cidadãos e propriedades de seu país. Mas reafirmou o compromisso com o diálogo para desarmar o programa nuclear da Coreia do Norte e aumentar significativamente a ajuda econômica internacional ao governo stalinista de Pionguiangue.
Na capital norte-coreana, uma grande manifestação de massa no estilo da Guerra Fria, com coreagrafias ensaiadas e desfiles militares deu apoio às propostas do governo para 2011.
Em tom exaltado, o primeiro secretário do Partido dos Trabalhadores em Pionguiangue fez um apelo: "Vamos elevar os espíritos e lutar para construir um país comunista grande e poderoso sob a liderança do Camarada Kim Jong Il."
Os jornais oficiais da ditadura norte-coreana pediram, em editoriais publicados em 1º de janeiro de 2011, o fim da confrontação com a Coreia do Sul e a desnuclearização da península.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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