terça-feira, 11 de maio de 2010

Sérvia descobre restos mortais de 250 albaneses

O cemitério clandestino com os restos mortais de 250 albaneses da antíga província sérvia do Kosovo fica na região de Raska, no Sul da ex-república iugoslava da Sérvia. É o sexto descoberto na no país desde 2000.

Ao anunciar a  procurador de crimes de guerra do país, Vladimir Vukcevic, agradeceu a colaboração nas investigações da missão da União Europeia que atua como polícia no Kosovo.

Foi no Kosovo, em 1987, que começaram os conflitos nacionalistas que destruiriam a Iugoslávia. Lá, o então secretário-geral do Partido Comunista, Slobodan Milosevic, rompeu com o pacto imposto pelo marechal Josip Broz Tito, herói da resistência antinazista na Segunda Guerra Mundial.

Ao refundar a Iugoslávia, depois da Segunda Guerra Mundial, o marechal Tito e a ideologia comunista sufocaram temporariamente os nacionalismos radicais da Sérvia e da Croácia.

Com o declínio do comunismo, Milosevic empunhou a bandeira do nacionalismo sérvio para ficar no poder. A primeira medida foi acabar com a autonomia da província sérvia do Kosovo, onde 90% da população eram de origem albanesa.

Depois da fragmentação da Iugoslávia, com as guerras da Croácia, da Eslovênia e da Bósnia-Herzegovina, Milosevic promoveu uma limpeza étnica no Kosovo, que tinha o status de província autônoma da Sérvia.

Diante do massacre dos albaneses do Kosovo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, atacou a Sérvia na Guerra do Kossovo, bombardeando o país durante 78 dias em 1999, até a rendição das forças sérvias que tiranizavam a província.

Na época, um dos debates nas relações internacionais era o direito de intervenção por razões humanitárias, embora muita gente não acredite nisso. Os cemitérios clandestinos são a prova dos massacres que justificaram a intervenção militar.

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