Sob protesto dos muçulmanos, o Conselho de Ministros da França aprovou hoje o projeto da Lei do Véu a ser enviado em junho à Assembleia Nacional proibindo o uso de trajes femininos que cubram o rosto.
O projeto é conhecido como lei da burca porque seu alvo seria a mulher muçulmana. Sua votação está prevista para setembro, depois das férias de verão no Hemisfério Norte.
A França tem a maior comunidade muçulmana da Europa, cerca de 5 milhões de pessoas, na maioria imigrantes ou descentes de imigrantes das ex-colônias francesas do Norte da África..
Embora a maioria das muçulmanas francesas não use roupas que escondem o rosto, o governo resolver legislar sobre a matéria, alegando a defesa dos princípios da república e a suposta necessidade de proteger mulheres que estarão sendo coagidas a usar as vestimentas tradicionais por extremistas.
Como muitas dessas mulheres moram na periferia, onde não podem contar com a proteção da polícia, são alvo fácil de gangues.
Para uma mulher muçulmana entrevistada nas ruas de Paris com um véu deixando apenas os olhos de fora, a lei é uma agressão psicológica e uma violação do direito individual de cada mulher de escolher sua própria roupa.
Já o presidente da comissão parlamentar que vai examinar o projeto, François Guérin, afirmou que ele visa a proteger os direitos das mulheres e combate o que chamou de "talebã franceses".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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