Em resposta ao bombardeio ao Consulado Iraniano em Damasco, na Síria, em 1º de abril, o Irã disparou neste sábado mais de 300 drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro contra o território israelense. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que 99% foram abatidos. Só há notícia de uma pessoa gravemente ferida, uma criança de 7 anos.
É o primeiro ataque direto do território iraniano contra Israel. Pode transformar a guerra indireta entre os dois países que vem desde a Revolução Islâmica no Irã em 1979 numa guerra aberta capaz de atrair os Estados Unidos e levar a uma conflagração geral no Oriente Médio com forte impacto sobre a economia mundial.
Nem os EUA nem o Irã tem interesse numa guerra direta que abalaria as chances de reeleição do presidente Joe Biden e colocaria um risco a ditadura teocrática dos aiatolás e da Guarda Revolucionária Iraniana.
A missão do Irã nas Nações Unidas anunciou o fim do ataque na noite de ontem pelo horário de Brasília, mas, com certeza, Israel vai retaliar. O objetivo é restaurar a dissuasão e evitar novos ataques. Os possíveis alvos são milícias aliadas ao Irã no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iêmen e o território iraniano
O governo israelense decide neste domingo sua próxima ação. Como o território de Israel foi atacado, o novo ataque tende a incluir o território iraniano. Se for maximalista, ataca as instalações nucleares do Irã, já que uma bomba atômica iraniana é considerada hoje a maior ameaça à existência de Israel. Mesmo que não seja, há o risco de uma escalada no conflito rumo a uma guerra que possivelmente envolveria os EUA.
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