segunda-feira, 15 de abril de 2024

Hoje na História do Mundo: 15 de Abril

 NAUFRÁGIO DO TITANIC

    Em 1912, às 2h20, duas horas e meia depois de bater num iceberg, o navio transatlântico Titanic afunda no Norte do Oceano Atlântico a cerca de 640 quilômetros da Terra Nova, no Canadá, no naufrágio mais famoso da história. 

O Titanic, um dos maiores e mais luxuosos navios de passageiros da história, é um projeto do construtor de navios William Pirrie fabricado em Belfast, hoje capital da Irlanda do Norte, com 270 metros de comprimento.

O caso é dividido em 16 compartimentos estanques. Como quatro destes compartimentos poderiam se encher d'água sem desestabilizar o navio, o Titanic é considerado insubmersível.

Ao sair do porto de Southampton, na Inglaterra, em 10 de abril, na sua primeira viagem transatlântica, o Titanic passa perto do navio New York, dando um susto nos passageiros que estavam no convés.

Depois de escalas em Cherbourg, na França, e em Queenstown, na Irlanda, com 2,2 mil passageiros e tripulantes a bordo, segue a todo o vapor rumo a Nova York. Pouco antes da meia-noite de 11 de abril, o Titanic bate num iceberg que rompe cinco compartimentos do casco, que se enchem d'água e desestabilizam o navio.

Como os compartimentos não são fechados em cima, os outros compartimentos se enchem d'água. A proa afunda e ergue a popa até uma posição quase vertical. O Titanic se parte ao meio e afunda às 2h20. Cerca de 1,5 mil pessoas afundam junto ou morrem de frio nas águas geladas do Atlântico Norte.

Uma hora e 20 minutos depois, o navio Carpathia resgate os sobreviventes que estão em botes salva-vidas. Outro navio, o Californian, está a cerca de 30 km do Titanic na hora do acidente, mas não ouve os pedidos de socorro porque o operador do rádio não está trabalhando.

Em reação ao naufrágio, em 2013, é realizada a primeira Convenção Internacional para Segurança da Vida no Mar. As novas regras exigem que todo navio tenha botes salva-vidas para todas as pessoas a bordo e faça rádio-escuta 24 horas por dia. Uma Patrulha Internacional do Gelo passa a monitorar os icebergs no Atlântico Norte.

ATENTADO À MARATONA

    Em 2013, duas bombas caseiras feitas com panelas de pressão explodem num intervalo de 12 segundos a uma distância de 170 metros uma da outra perto da linha de chegada da Maratona de Boston, nos Estados Unidos, quatro horas depois do início da prova, quando estão chegando corredores amadores festejados por parentes e amigos. Três pessoas morrem e mais de 260 saem feridos.

Três horas depois, o presidente Barack Obama faz um pronunciamento à nação e promete que os responsáveis "vão sentir todo o peso da Justiça". 

A investigação aponta dois suspeitos, os irmãos da origem chechena Tamerlan e Djokhar Tsarnaev, nascidos na ex-república soviética do Quiguistão. Em 18 de abril, o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, divulga fotos e um vídeo dos suspeitos. 

Pouco depois, eles matam um guarda do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), roubam um veículo utilitário esportivo e trocam tiros em Watertown, uma cidade-satélite de Boston. Um policial é ferido. Tamerlan é baleado duas vezes, atropelado pelo irmão em fuga e morre na hora.

No início da noite de 19 de abril, um morador de Watertown descobre Djokhar escondido num barco em seu quintal e chama a polícia. O terrorista é baleado e preso. No hospital, Djokhar acusa o irmão de planejar o atentado e declara que os dois foram atraídos pelo extremismo muçulmano pelas guerras no Afeganistão e no Iraque.

Em 10 de julho de 2013, Djokhar é denunciado num tribunal federal em Boston com 30 acusações, quadro de homicídio. Ele nega tudo e atribui os crimes ao irmão morto, mas é considerado culpado de todas as acusações em 8 de abril de 2015. Em 15 de maio, o júri recomenda a pena de morte com execução por injeção letal.

O estado de Massachusetts abole a pena de morte em 1984, mas Djokhar é condenado por crimes federais. Os recursos contra a execução podem durar anos.

INCÊNDIO DA NOTRE-DAME

    Em 2019, um incêndio atinge a Catedral de Notre-Dame de Paris e destrói a maior parte do telhado e da estrutura da abóbada, e uma agulha do século 19. O presidente Emmanuel Macron promete restaurar a igreja a um custo de 700 milhões de euros e reabri-la em 8 de dezembro de 2024.

Uma das mais importantes igrejas góticas da Idade Média, a Catedral de Nossa Senhora de Paris começa a ser construída em 1163 por iniciativa do bispo Maurice de Sully na Ilha da Cidade, o centro da capital da França, sobre as ruínas de duas igrejas cristãs de um templo da Gália Romana em homenagem ao deus Júpiter. 

O Papa Alexandre III lança a pedra fundamental em 1163. O altar-mor é consagrado em 1189. O coro, a fachada oeste e a nave são concluídas em 1250. Os pórticos, as capelas e outros adornos são acrescentados ao longo de mais um século. A obra termina em 1345.

A arquitetura gótica substitui as paredes grossas das construções românicas por colunas altas e arcos botantes capazes de sustentar o peso dos telhados. Isto dá às edificações mais altura e uma aparência mais leve, com janelas mais amplas e altas decoradas com magníficos vitrais coloridos que filtram a luz natural.

Lá é coroado o imperador Napoleão Bonaparte em 2 de dezembro de 1804, na presença do Papa Pio VII.

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